
Na audi�ncia anterior, que aconteceu em 15 de dezembro, ele compareceu ao f�rum mas n�o foi ouvido. Para a pol�cia, Jos� Ant�nio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Val�ria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladr�es teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto.
Por�m, a vers�o foi contestada pela pol�cia. “Primeiro, o local aonde ele fala que foi abordado por um assaltante � uma rua praticamente deserta que tem pr�dios residenciais dos dois lados. Tr�s testemunhas presenciaram a cena e foram contundentes em seus relatos”, afirma o delegado Frederico Abelha, da Delegacia de Homic�dios e respons�vel pelas investiga��es na �poca dos fatos.
Os depoimentos das testemunhas foram essenciais para a conclus�o do inqu�rito. “Ele fala no inqu�rito que teve uma discuss�o com o assaltante durante cinco minutos. Se tivesse bate-boca durante cinco minutos algu�m veria. Uma policial militar que mora pr�ximo, o marido e a filha dela viram a cena do assassinato. Outro vizinho, que estava sentado na cal�ada na via p�blica, viu os dois sozinhos entrando no carro. E, quando o carro passou na curva, ouviu o barulho dos tiros. Foi coisa r�pida, ent�o, n�o teve o tempo que ele (Jos� Ant�nio) falou para ser abordado por criminosos”, explica o delegado.
O inqu�rito do crime foi encerrado em abril de 2014. Jos� Mendes foi indiciado por homic�dio duplamente qualificado – por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da v�tima – e tentativa de aborto. Esse �ltimo crime, porque a mulher estava gr�vida. Mendes chegou a ser preso no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) S�o Crist�v�o, mas foi liberado dois dias depois. O juiz Carlos Roberto Loyola entendeu que a pris�o dele n�o teve fundamento em provas da autoria na morte da empres�ria. (Com informa��es de Jo�o Henrique do Vale)