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Estado de Minas

Todos os munic�pios da regi�o metropolitana de BH enfrentam crise de abastecimento

Copasa anuncia uma s�rie de medidas para reduzir consumo de �gua em 30% na regi�o metropolitana e admite adotar a��es dr�sticas, como restri��o ao uso e sobretaxa a quem gastar muito


postado em 23/01/2015 06:00 / atualizado em 23/01/2015 07:48

Vertedouro da barragem do Sistema Rio Manso, que abastece 17% da Grande BH, perdeu utilidade, porque o nível é muito baixo e a capacidade atual não passa de 45% (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Vertedouro da barragem do Sistema Rio Manso, que abastece 17% da Grande BH, perdeu utilidade, porque o n�vel � muito baixo e a capacidade atual n�o passa de 45% (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

A �gua que abastece a Grande BH pode acabar at� maio se uma combina��o de chuvas consistentes e economia de at� 30% no consumo de fam�lias, empresas e outros setores n�o for atingida. O alerta foi feito ontem pela Copasa, que admite adotar medidas dr�sticas, como rod�zio de fornecimento, sobretaxa de consumo e racionamento. A situa��o dos reservat�rios � “extremamente cr�tica” e o “racionamento � iminente”, afirmou a nova diretora-presidente da Copasa, Sinara Meireles Chenna, que assumiu h� tr�s dias o comando da companhia respons�vel pela �gua e pelo esgoto de 31 das 34 cidades da Grande BH.

Todos os munic�pios da regi�o metropolitana enfrentam crise de abastecimento. Conforme o  Estado de Minas mostrou esta semana, o reservat�rio de Serra Azul � o mais cr�tico. Ontem, tinha apenas 5,73% da sua capacidade. A situa��o dram�tica levou a dirigente da Copasa a admitir que o manancial j� se encontra “no limiar do uso de seu volume morto” – referindo-se a um n�vel al�m do ponto de capta��o.

A companhia prometeu enviar ainda hoje ao Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) um relat�rio para solicitar o decreto de situa��o cr�tica de escassez de recursos h�dricos no estado. � o primeiro passo para levar ao encarecimento da conta de quem consumir mais do que a situa��o permitir e para ado��o do racionamento.

De acordo com a Lei 11.445, se atingida uma situa��o cr�tica de escassez ou de contamina��o de recursos h�dricos que obrigue o racionamento, “o ente regulador”, que, no caso, � a Ag�cia Reguladora de Servicos de Abastecimento de �gua e de Esgotamento Sanit�rio do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), “poder� adotar mecanismos tarif�rios de conting�ncia, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equil�brio financeiro da presta��o do servi�o e a gest�o da demanda”.

A dirigente da Copasa afirmou ainda que o cen�rio � igual ao do Sistema Cantareira (SP): “A gravidade � a mesma. Em Serra Azul, por exemplo, se for necess�rio, vamos fazer como S�o Paulo e bombear �gua do volume morto”. Sem chuva e economia, a primeira medida adotada ser� o rod�zio de abastecimento, que j� est� sendo planejado pelo diretor operacional da companhia para a Grande BH, R�mulo Perlli. “Funcionaria com um abastecimento escalonado para bairros e regi�es das cidades. Dois dias de abastecimento para um lugar ou cinco dias dependendo da situa��o, com interrup��es nos outros dias – enquanto se abastece em outros locais. Esse cronograma seria divulgado pela internet”, afirma. Se o rod�zio  for insuficiente, haver� sobretaxa de consumo e racionamento.

Al�m da estiagem, outro problema � a perda de 40% da �gua produzida, por meio de vazamentos ou furto via conex�es clandestinas. Uma for�a-tarefa de 40 equipes de campo checar� tubula��es do sistema para detectar defeitos e desvios. Uma nova capta��o de �gua tamb�m � planejada para retirar 5 metros c�bicos por segundo do Rio Paraopeba para a esta��o de tratamento de Rio Manso.

CR�TICAS � GEST�O ANTERIOR


Sinara Meireles criticou a administra��o anterior por permitir que o problema ficasse t�o grave. A �ltima diretoria vinha informando que n�o havia risco de desabastecimento, mas n�o revelava o n�vel dos reservat�rios. Por esse motivo, a inten��o da Copasa agora � informar o n�vel, por meio eletr�nico e em tempo real. Em Minas, h� v�rios munic�pios em situa��o cr�tica. Os piores s�o Par� de Minas (Centro-Oeste), Campan�rio (Vale do Rio Doce) e Uruc�nia (Zona da Mata).

“Nos �ltimos dois anos, a queda da produ��o dos reservat�rios foi vertiginosa. No entanto, em vez de medidas e campanhas para reduzir o desperd�cio e o gasto elevado, permitiu-se que o consumo aumentasse, comprometendo os reservat�rios”, disse Sinara. “Houve investimentos de R$ 4 bilh�es nos �ltimos 4 anos (R$ 733 milh�es em sistemas de �gua e R$ 2,4 bilh�es em saneamento). Mas as informa��es sobre essa crise j� existiam e n�o houve uma prioriza��o das obras mais urgentes”, afirmou. A previs�o de conclus�o de obras para fortalecer o abastecimento � dezembro e deve ser antecipada.

Por meio de nota, a assessoria do ex-governador Alberto Pinto Coelho contestou a declara��o de Sinara Meireles, de que o governo anterior n�o tomou medidas necess�rias para evitar a crise no abastecimento. Disse que “a escassez de �gua no Sudeste, agravada em 2014/2015 em n�veis nunca vistos, surpreendeu os institutos de pesquisas climatol�gicas, que indicavam que o per�odo de chuvas teria o chamado comportamento dentro da m�dia”. Ainda segundo a assessoria, a gest�o anterior da Copasa fez campanhas de conscientiza��o para consumo e tomou medidas para expandir o abastecimento. Em rela��o � Grande BH, a nota afirma que foram implantados importantes projetos para aumentar o volume do Sistema Paraopeba (Rio Manso, Serra Azul e V�rzea das Flores).


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