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Estado de Minas

Belo Horizonte precisa de chuva hist�rica para afastar riscos de falta d'�gua

Precipita��es de janeiro representam somente 29,5% da m�dia e BH precisaria do volume de fevereiro quadruplicado para elevar reservat�rios a 50% da cota e afastar os riscos


postado em 28/01/2015 06:00 / atualizado em 28/01/2015 07:26

Em Vargem das Flores, localizada entre Betim e Contagem e que faz parte do Sistema Paraopeba, nível subiu 1,4% com o temporal de segunda-feira(foto: BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Em Vargem das Flores, localizada entre Betim e Contagem e que faz parte do Sistema Paraopeba, n�vel subiu 1,4% com o temporal de segunda-feira (foto: BETO MAGALH�ES/EM/D.A PRESS)
Seria preciso chover pelo menos quatro vezes e meia a m�dia hist�rica de fevereiro na Grande BH – que � de 168,1 mil�metros – para que o Sistema Paraopeba recupere o volume de 50% de sua capacidade (restrita a 30,12% at� ontem). S� assim, segundo especialistas, seria amenizada a situa��o cr�tica em que se encontra, que pode levar a regi�o ao racionamento. Com base no volume m�dio de chuvas em fevereiro de 2013, que foi de 73 mil�metros e elevou os reservat�rios de 89,3% para 91,2%, de acordo com a Copasa, matem�ticos consultados pela reportagem do Estado de Minas conclu�ram ser necess�rio um acumulado de precipita��es de 763,8 mil�metros para alcan�ar a metade volum�trica, que � inferior ao mesmo per�odo dos �ltimos dois anos. A Copasa informou, por meio de nota, que “para regularizar a situa��o dos reservat�rios do sistema Paraopeba ser�o necess�rias chuvas cont�nuas por, no m�nimo, tr�s meses e regulariza��o dos �ndices pluviom�tricos das pr�ximas esta��es chuvosas”. Disse, ainda, que baseado nas s�ries hist�ricas de pluviometria “nunca houve um per�odo de estiagem como o que estamos vivenciando”.

Nem a tempestade que caiu na segunda-feira em Belo Horizonte, a mais volumosa do ano, que despejou 34 mil�metros de �gua, superando a chuva de domingo em 3 mil�metros, conseguiu dar alento significativo aos reservat�rios de Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, os tr�s que constituem o chamado Sistema Paraopeba: ele ganhou apenas 0,3% em seu volume de segunda-feira para ontem. O reservat�rio de Vargem das Flores, entre Betim e Contagem, foi o que mais aproveitou a precipita��o, subindo 1,4%. Os reservat�rios de Rio Manso e de Serra Azul, que s�o maiores, tiveram uma eleva��o discreta, de 0,2% cada um.

A tr�s dias do t�rmino do m�s, o acumulado de chuvas na capital mineira chega a 87,5 mil�metros, o que representa 29,5% da m�dia hist�rica, de 296,3 mil�metros. Janeiro � considerado pelos meteorologistas como o m�s de maior precipita��o da esta��o chuvosa. Contudo, tanto no primeiro m�s quanto nos dois seguintes, que comp�em essa temporada de chuvas mais intensas, a previs�o do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) � de �ndices abaixo da m�dia. “Essas pancadas no fim do dia n�o servem para garantir volume aos reservat�rios. Trazem mais transtornos para as cidades do que ganhos para o abastecimento”, avalia o analista do 5º Distrito de meteorologia, Luiz Ladeia.

Barreiras

Uma s�rie de barreiras se interp�em entre o caminho das �guas da chuva e o reservat�rio, retardando um efeito mais sens�vel no n�vel dessas barragens, segundo a avalia��o do mestre em ecologia aqu�tica e consultor de recursos h�dricos Rafael Resck. “O n�vel normal dos reservat�rios s� seria alcan�ado com chuvas de 30% a 40% acima da m�dia e constantes nos pr�ximos dois anos”, estima. O especialista afirma que a precipita��o diretamente sobre o espelho d’�gua n�o � capaz de representar impactos significativos num manancial. � preciso que as �reas de recarga sejam atingidas. “Mesmo quando a �gua penetra no solo, a chegada ao aqu�fero e o abastecimento das nascentes que regularizam os rios leva ainda tempo, chegando at� a uma semana, dependendo do rio”, detalha Resck.

No estado, ontem foi registrada chuva em Ita�na e Par� de Minas (Centro-Oeste), Lavras e Varginha (Sul), Frutal e Uberaba (Tri�ngulo), Pirapora (Norte), Barbacena (Central), S�o Jo�o del-Rei (Vertentes) e Juiz de Fora, Ub� e Muria� (Zona da Mata).

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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