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Estado de Minas

Em estado de calamidade p�blica por causa da seca, Francisco S� fica deserta no carnaval

Assim como o munic�pio, pelo menos outras 20 cidades cancelaram a folia devido � estiagem


postado em 17/02/2015 06:00 / atualizado em 21/01/2016 15:47

Na segunda-feira de carnaval, a Alameda Montes Claros, que 'fervia' em outros anos, ficou completamente vazia: cidade enfrenta racionamento(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A.Press)
Na segunda-feira de carnaval, a Alameda Montes Claros, que 'fervia' em outros anos, ficou completamente vazia: cidade enfrenta racionamento (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A.Press)

Francisco S� – Enquanto o agito do carnaval toma conta de muitas cidades no estado e no pa�s, em Francisco S�, no Norte de Minas, o per�odo momesco � marcado pela calmaria e ruas desertas. A prefeitura suspendeu a festa devido � crise h�drica. Ao menos outros 20 munic�pios mineiros tamb�m cancelaram a folia por causa da falta d’�gua. Por conta dos efeitos da seca, desde meados de janeiro Francisco S� est� em estado de calamidade p�blica e enfrenta o racionamento em fun��o da redu��o do n�vel da Barragem do Rio Domingos, que abastece a cidade, de 23,4 mil habitantes.

Ontem, a segunda-feira de carnaval parecia um dia normal no lugar, com alguns estabelecimentos comerciais funcionando normalmente. No Centro de Francisco S�, a Alameda Montes Claros, espa�o que sempre foi movimentado nos per�odos de festa, era dominada pelo paradeiro, com alguns bares abertos e pouco movimento.

Celso Dur�es, dono de uma padaria no Centro, reclamou da suspens�o do carnaval. “Foi p�ssimo. Fiquei sem vender nada”, lamentou. Propriet�rio de uma revenda de materiais de constru��o na principal avenida do Bairro Jo�o Gon�alves, Carlos Alves da Cruz abriu normalmente a sua loja. Ele disse que nem procurou se informar direito sobre a decis�o do Executivo municipal de cancelar a festa por causa da crise h�drica. “N�o me importo com o carnaval. Mas, se a prefeitura tomou a medida (do cancelamento da festa), achei bom porque iria gastar dinheiro com uma coisa que nem todo mundo gosta. Al�m disso, toda economia � bem-vinda”.

O comerciante disse que lamenta as dificuldades vividas pela popula��o da cidade, que enfrenta o racionamento, recebendo �gua em casa em dias alternados,  e reza para S�o Pedro mandar mais chuva, o �nico jeito de evitar um drama pior, segundo ele. Por outro lado, Carlos Cruz lucra com a situa��o: em apenas um m�s, vendeu 50 caixas d �gua, adquiridas por moradores preocupados com a necessidade de armazenar �gua em casa. “Em situa��o normal, s� venderia esta mesma quantidade em seis meses”, revela.

Entre os moradores de Francisco S�, a suspens�o do carnaval, motivada pela falta d �gua, � vista com bons olhos. “Achei que o carnaval teria que ser cancelado mesmo, pois a escassez de �gua � uma coisa muito s�ria”, avalia a professora Ludmila Alves, lembrando que muita gente da cidade decidiu curtir a festa na vizinha Gr�o Mogol. A dom�stica Nozinha Maria Alves tamb�m � favor�vel � suspens�o do evento. “Tudo o que for feito para economizar �gua a gente tem que apoiar”, afirmou. Ela relatou que, em fun��o do racionamento, est� fazendo tudo o que pode para reduzir o consumo de �gua. “S� limpo a casa de dois em dois dias e lavo roupa a cada tr�s.”

BARRAGEM BAIXA A Barragem do Rio Domingos, onde � captada a �gua para abastecer Francisco S�, baixou para 8% de sua capacidade em janeiro. Entretanto, com as chuvas da semana passada, o n�vel do reservat�rio subiu para pouco mais de 10%. A prefeitura argumenta que o aumento do volume ainda n�o foi suficiente para interromper o racionamento.


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