Secret�rio de Defesa Social determina empenho total na apura��o de atentado contra promotor

Integrantes da Procuradoria-Geral de Justi�a de Minas Gerais (PGI-MG) est�o em Monte Carmelo, no Alto Parana�ba, a 486 quil�metros de Belo Horizonte, para acompanhar e ajudar a pol�cia nas investiga��es do atentado contra o promotor de Justi�a Marcus Vin�cius Ribeiro Cunha, baleado anteontem � noite. Por meio de nota, o secret�rio de estado de Defesa Social. Bernardo Santana de Vasconcellos, determinou empenho total na apura��o do caso. O atentado � considerado uma viol�ncia descabida contra o Minist�rio P�blico. O filho do ex-vereador Valdelei Jos� de Oliveira, Juliano Aparecido de Oliveira, de 21 anos, confessou, no fim da tarde de ontem, ser o autor dos tiros que atingiram o promotor. O ex-vereador tamb�m foi preso, pois a pol�cia quer apurar melhor sua participa��o no crime. Os dois est�o detidos em Monte Carmelo, sob forte vigil�ncia, uma vez que o crime teve enorme repercuss�o da cidade e a pol�cia teme desdobramentos. A v�tima foi transferida ainda na noite de s�bado para o Hospital Santa Clara, em Uberl�ndia, onde permanece internado. De acordo com o �ltimo boletim m�dico, divulgado na tarde de ontem, seu estado de sa�de � grave, mas est�vel.

Segundo um dos delegados respons�veis pelas investiga��es, Wilton Jos� Fernandes, Juliano confessou depois de ter sido encontrada a arma usada para atirar no promotor, uma pistola calibre 380. Ele e o pai foram presos ainda na madrugada de domingo, depois que uma opera��o montada pelas pol�cias Civil e Militar colheu depoimentos de testemunhas e encontrou imagens dos suspeitos em c�meras de vigil�ncia pr�ximas ao local do atentado. Marcus Vinicius foi baleado pouco depois de sair do pr�dio da promotoria, onde passou a tarde trabalhando. Ele entrou no seu carro, por volta das 20h40 de s�bado, e foi interceptado por um motoqueiro armado, que come�ou a atirar. Mesmo atingido por tr�s tiros, o promotor conseguiu sair do carro e ser ajudado pelos clientes de um restaurante pr�ximo.

A princ�pio, a Pol�cia Civil acreditava que Juliano teria cometido o atentado a mando do pai, numa esp�cie de acerto de contas, j� que o ex-vereador foi alvo de den�ncia do promotor em 2013, por envolvimento em fraudes de licita��es na C�mara. Juliano, no entanto, inocentou o pai durante a confiss�o. Mesmo assim, ambos permanecem presos em Monte Carmelo e, segundo o delegado, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos. As investiga��es continuam. Em nota divulgada ontem, a PGJ repudiou o atentado, ressaltando que Cunha, integrante do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), � combativo e dedicado, sendo respons�vel por a��es de grande relev�ncia para a sociedade nas regi�es do Alto Parana�ba e do Tri�ngulo Mineiro.

EST�VEL O promotor, depois de socorrido em Monte Carmelo, foi transferido para o Hospital Santa Clara, em Uberl�ndia, onde passou por cirurgia, permanecendo internado na Unidade de Terapia Intensiva. Uma das balas pegou o bra�o, outras perfuraram um pulm�o e os rins e outra continua alojada. De acordo com os m�dicos, as 48 horas ap�s o atentado s�o fundamentais e a primeira preocupa��o foi garantir a boa respira��o do paciente. Ele passou grande parte do dia em coma induzido e respirando com a ajuda de aparelhos. Mas o �ltimo boletim da tarde de ontem indicou leve melhora. Cunha acordou e os m�dicos j� cogitavam diminuir a seda��o. Marcus Vin�cius Cunha, que tamb�m � professor universit�rio em Monte Carmelo, tem 33 anos , � casado e tem dois filhos. Os pais moram em Uberl�ndia. (Com informa��es de C�ssia Bomfim/TV Vitoriosa/SBT/Uberl�ndia).

Mem�ria pera��o Feliz Ano-Novo
Em 10 de dezembro de 2013, durante a Opera��o Feliz Ano- Novo, realizada pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justi�a de Monte Carmelo e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GCOC), foram apreendidos mais de 20 computadores e documentos na Prefeitura e na C�mara Municipal de Monte Carmelo, em um escrit�rio de contabilidade e em mais 12 endere�os. Na �poca, o ex-vereador Valdelei Jos� Oliveira, pai de Juliano, foi apontado como pe�a chave no esquema montado na cidade para fraudar processos licitat�rios de empresas contratadas para prestar servi�o � prefeitura. Valdelei, o ent�o prefeito Fausto Reis e outros tr�s vereadores tiveram a pris�o decretada. Posteriormente, Valdelei teve o mandato cassado, vindo da� as raz�es para o atentado cometido na noite de s�bado.