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Estado de Minas

Crime contra promotor foi motivado por vingan�a contra cassa��o de ex-vereador

Em depoimento � pol�cia, Juliano disse que tentou matar Marcus por ele ter sido um dos respons�veis pela investiga��o que culminou na cassa��o do mandato de seu pai, o ex-vereador Valdelei Jos� de Oliveira


postado em 23/02/2015 18:26 / atualizado em 23/02/2015 19:33

Juliano, que confessou ser autor do atentado contra o promotor de Monte Carmelo, foi apresentado nesta segunda-feira(foto: Ramon/EM/D.A.Press)
Juliano, que confessou ser autor do atentado contra o promotor de Monte Carmelo, foi apresentado nesta segunda-feira (foto: Ramon/EM/D.A.Press)

As investiga��es sobre o atentado contra o promotor de Justi�a de Monte Carmelo Marcus Vin�cius Ribeiro indicam que o crime cometido no �ltimo s�bado foi motivado por vingan�a. Apresentado nesta segunda-feira na Cidade Administrativa do governo de Minas, Juliano Aparecido de Oliveira, filho do ex-vereador Valdelei Jos� de Oliveira, � apontado como o respons�vel pela tentativa de homic�dio. Em depoimento � pol�cia, ele disse que tentou matar Marcus por ele ter sido um dos respons�veis pela investiga��o que culminou com a cassa��o do mandato de seu pai.

Durante a apresenta��o � imprensa, representantes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Pol�cia Civil, Pol�cia Militar e do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) falaram sobre a a��o conjunta para solucionar o caso. “Uma viol�ncia desse tipo � inaceit�vel a qualquer cidad�o. Nesse caso em especial, � uma resposta de Estado quando existe uma agress�o a qualquer membro do Sistema de Defesa Social que trabalha para trazer seguran�a � sociedade. Essa resposta conjunta visa, tamb�m, coibir e dizer que o Governo de Minas n�o admite, na sua luta pela busca da legalidade, ataques �s for�as de seguran�a”, destacou Bernardo Santana.  

 

Juliano n�o quis falar sobre o crime. No entanto, afirmou ter agido sozinho e negou que seu pai tenha participa��o na tentativa de homic�dio. Segundo a Pol�cia Civil, o suspeito aguardou a sa�da de Marcus em frente � promotoria por v�rias horas no s�bado. A v�tima chegou a entrar em seu carro, um P�lio Weekend, que logo foi alvejado por 15 disparos de arma de fogo. O filho do ex-vereador disse aos policiais que ainda teria tentado recarregar a arma, mas a pistola usada no crime travou e ele acabou fugindo do local em uma motocicleta. Ele deve ser indiciado por tentativa de homic�dio duplamente qualificada, por motivo f�til e recurso que dificultou a defesa da v�tima.

O promotor foi socorrido e encaminhado para uma unidade de sa�de de Monte Carmelo, mas devido � gravidade do caso acabou sendo transferido para o Hospital Santa Clara, em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. O �ltimo boletim m�dico, divulgado �s 17h desta segunda-feira, informa que o paciente apresentou melhora significativa e respira sem a ajuda de aparelhos. Marcus se recupera bem dos ferimentos provocados pela arma de fogo, mas ainda necessita do uso de um dreno no t�rax devido a uma les�o pulmonar. Ainda de acordo com o relat�rio, ele deve deixar a Unidade de Tratamento Intensivo ainda nesta segunda, sendo transferido para o quarto. O pai do suspeito tamb�m permanece detido, at� que se esclare�a se houve participa��o do ex-parlamentar – cassado ap�s a Opera��o Feliz Ano Novo – no atentado em Monte Carmelo.

 Motivado pelo crime contra o promotor, o Conselho Nacional de Procuradores -Gerais (CNPG) anunciou a realiza��o do encontro do Grupo Nacional de Combate �s Organiza��es Criminosas (GNCOC) no pr�ximo dia 27 em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. A reuni�o contar� com a presen�a do procurador-geral de Justi�a de Minas Gerais, Carlos Andr� Mariani Bittencourt, e dos membros dos Gaecos Central e Regionais mineiros. Paralelamente, o CNPG, a Associa��o Nacional dos Membros do Minist�rio P�blico (Conamp), a Associa��o Mineira do Minist�rio P�blico (AMMP) e a Associa��o dos Magistrados Mineiros (Amagis) realizar�o ato conjunto em rep�dio ao atentado e em defesa da atua��o do Minist�rio P�blico.

 

Opera��o Feliz Ano Novo
 No dia 10 de dezembro de 2013, foram cumpridos mandados de pris�o e de busca e apreens�o de documentos e provas, nas cidades de Monte Carmelo e Uberl�ndia durante a Opera��o Feliz Ano Novo realizada pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais , por meio da Promotoria de Justi�a de Monte Carmelo e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GCOC). Foram apreendidos mais de 20 computadores e documentos na Prefeitura e na C�mara Municipal de Monte Carmelo, em um escrit�rio de contabilidade e em mais 12 endere�os.

Segundo o MP, as apura��es mostraram a forma��o de uma estruturada organiza��o criminosa, na qual estavam envolvidos servidores p�blicos de Monte Carmelo, bem como pol�ticos que foram derrotados nas elei��es de 2012 na cidade. A quadrilha atuou em processos licitat�rios realizados em 2013 voltados a limpeza de vias p�blicas e pra�as, al�m de reformas de unidades de sa�de do munic�pio. Esses processos sequer eram realizados de verdade.

 As empresas envolvidas no esquema participavam apenas para dar apar�ncia de legalidade aos contratos, quando, na realidade, j� estava tudo direcionado � vit�ria das empresas eleitas pelo grupo para prestar os servi�os e cometer crimes contra a administra��o p�blica local.


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