
O pedido de liminar foi feito nessa segunda-feira. Os advogados do nefrologista �lvaro Ianhez, um dos r�us do processo, alegou que a videoconfer�ncia que seria realizada com o pai do menino, que atualmente mora em Londres, na Inglaterra, seria ilegal. O depoimento seria feito atrav�s do Skype, o que os defensores consideraram “completa revelia dos meios legais de prova e afronta � plenitude da defesa”.
Os advogados tamb�m afirmaram que a suspens�o seria necess�ria para evitar a consuma��o de prova manifestamente inadmiss�vel e a nulidade do julgamento popular.
O desembargador Fl�vio Batista Leite, relator do processo, afirmou que a utiliza��o da videoconfer�ncia � prevista no Tratado de Assist�ncia Jur�dica M�tua em Mat�ria Penal entre o Brasil e o Reino Unido. Por�m, a testemunha seria ouvida com o uso de seu computador pessoal e sem o pr�vio conhecimento das autoridades daquele pa�s. Para o relator, o depoimento conforme estava previsto desrespeita as regras atinentes ao acordo internacional firmado pelo Brasil.
O nefrologista �lvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, o intensivista Jos� Luiz Bonfitto e o neurocirurgi�o Jos� Luiz Gomes da Silva, chegaram a sentar nos bancos dos r�us em julho deste ano. Por�m, logo no in�cio do julgamento, o promotor Sidnei Boccia Pinto de Oliveira S� pediu a transfer�ncia do j�ri para Belo Horizonte, al�m do adiamento por tr�s meses. Os m�dicos tamb�m s�o suspeitos de participarem de um esquema de tr�fico de �rg�os em Po�os de Caldas, no Sul de Minas.
Outros r�us
Sobre esse mesmo caso, j� est�o condenados os m�dicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cl�udio Rog�rio Carneiro Fernandes e o anestesista S�rgio Poli Gaspar. Eles tiveram o benef�cio de responder o processo em liberdade, por meio de um habeas corpus, e deixaram a cadeia em maio deste ano. O juiz Narciso de Castro condenou os tr�s respectivamente a 18, 17 e 14 anos de pris�o em fevereiro de 2013, pela morte do garoto, que ocorreu em 2000.