As capivaras que vivem no entorno da Lagoa da Pampulha e que ainda n�o foram capturadas ser�o remanejadas por funcion�rios da Prefeitura de Belo Horizonte. Um novo plano de manejo ser� apresentado pela administra��o municipal em 14 de abril, quando ser� feita uma audi�ncia de concilia��o com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama) para definir a situa��o dos roedores que est�o presos no Parque Ecol�gico. A informa��o foi confirmada nesta ter�a-feira pelo vice-prefeito e Secret�rio Municipal de Meio Ambiente, D�lio Malheiros.
O novo plano de captura dos animais foi anunciado um dia depois que a Justi�a Federal suspendeu a a��o do Ibama que pedia a soltura dos animais. Segundo o vice-prefeito, a estrat�gia para prender as capivaras j� estava pronta antes da decis�o. “Vamos fazer a nossa parte. A captura dos remanescentes ser� feita pelos pr�prios funcion�rios da PBH. Ser� da forma passiva, quando se coloca a seva e atrai os roedores at� as armadilhas”, comentou Malheiros.
Ao todo, segundo a prefeitura, 46 roedores foram capturados e levados para o Parque Ecol�gico da Pampulha. Os animais passaram por exames, e 80% apresentaram contamina��o pela bact�ria causadora da febre maculosa. Atualmente, 27 animais seguem recolhidos e outros 30, conforme estimativa da administra��o municipal, seguem soltas ao longo da lagoa.
Foi por causa das mortes das capivaras que estavam presas que o Movimento Mineiro pelo Direito dos Animais fez den�ncia ao Ibama e a Pol�cia Civil. Diante disso, o �rg�o entrou na Justi�a pedindo a soltura. A Prefeitura rebate as acusa��es e diz que n�o h� maus-tratos contra os animais. “As capivaras s�o bem tratadas, tem alimenta��o e a sa�de � cuidada. A vida m�dia das capivaras s�o de seis anos e muitas estavam velhas. Al�m disso, os machos brigam muito e matam um ao outro. Para se ter ideia, duas capitavas foram encontradas mortas nos �ltimos dias no entorno da lagoa. N�o h� nenhum laudo que comprova o maus-tratos”, comenta Malheiros.
Decis�o na Justi�a
O pedido do Ibama para a soltura dos animais foi feito atrav�s do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). Na a��o, o �rg�o argumenta que o prazo para o confinamento das esp�cies no local expirou. Al�m disso, a taxa de mortandade e desaparecimento de animais mantidos nas depend�ncias do parque da Pampulha beira os 50%. Tamb�m abriu investiga��o para apurar maus-tratos contra os animais.
A Prefeitura recorreu da a��o que foi julgada nesta segunda-feira pelo juiz Itelmar Raydan, do Tribunal Regional Federal (TRF). O magistrado acatou os argumentos da PBH de que a soltura poderia causar riscos � sa�de dos moradores.