
Belo Horizonte n�o ter� mais vagas nas ruas para os ve�culos com a constru��o de estacionamentos subterr�neos. Em audi�ncia, realizada nesta quarta-feira na C�mara Municipal de BH, foi revelado que a inten��o do projeto � de liberar os espa�os das vagas na superf�cie e transform�-los em parklets – mini-pra�as voltadas � cria��o de ambientes de conviv�ncia – ciclovias e novas pistas para �nibus.
A proposta para o projeto de lei prev� a implanta��o de cerca de 3.300 vagas de subsolo na regi�es Central e hospitalar, al�m dos bairros Savassi, Barro Preto e Lourdes. Por meio de concess�o, a empresa contratada dever� construir de cinco a nove em troca do direito de fazer a gest�o e explora��o do servi�o oferecido.
Na audi�ncia, os parlamentares se mostraram descontentes com a possibilidade de amplia��o do n�mero de vagas de estacionamento em �reas centrais da cidade, o que poderia estimular o uso de ve�culos privados em detrimento do transporte p�blico, prejudicando a mobilidade urbana.
No entanto, segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor C�sar, a opera��o pretende ir na dire��o contr�ria. Conforme o gestor, n�o haveria amplia��o do n�mero de vagas de estacionamento nas �reas mais movimentadas da cidade. Com a cria��o das vagas subterr�neas, o mesmo n�mero de estacionamento rotativo, tamb�m conhecido como Faixa Azul, deixariam de existir na superf�cie.
De acordo Victor C�sar, a opera��o est� em sintonia com modernas pol�ticas de urbanismo e mobilidade em voga em diferentes partes do mundo, uma vez que tenderia a incentivar o uso do transporte coletivo e diminuir o espa�o para estacionamento em ruas e avenidas, desestimulando o uso de carros particulares.
Apesar de fazerem elogios ao projeto, representantes da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte tamb�m fizeram a ressalva de que a realiza��o das obras devem ser planejadas de modo a evitar transtornos para os comerciantes. Segundo eles, interven��es urban�sticas realizadas em anos anteriores dificultaram a circula��o de consumidores, afetando vendas e levando alguns varejistas e empres�rios a fecharem as portas.
Marco Ant�nio Gaspar, da CDL, lembrou que a constru��o de edif�cios garagem poderiam ser menos custosa e trazer menos empecilhos para o funcionamento normal do com�rcio. “Desde que realizadas por meio de processos de constru��o menos destrutivos, a implanta��o dos novos estacionamentos pode ser positiva”, resumiu.