M�dium Chico Xavier continua a inspirar esp�ritas

Se estivesse vivo, o m�dium Francisco C�ndido Xavier teria completado 105 anos, na quinta-feira – as celebra��es, no entanto, ficar�o para 8 de julho, data que marca o in�cio do trabalho medi�nico de Chico Xavier, em 1927, informa o presidente da Alian�a Municipal Esp�rita de Pedro Leopoldo e Matozinhos e dirigente do Centro Esp�rita Meimei, tamb�m em Pedro Leopoldo, Eug�nio Eust�quio dos Santos. Chico Xavier nasceu e viveu na cidade da Grande BH at� 1959, quando se mudou para Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro. “O espiritismo � uma doutrina crist� que junta ci�ncia, filosofia e religi�o”, diz Eug�nio, esclarecendo a diferen�a entre espiritualistas, que s�o todas as religi�es que creem em vida ap�s a morte, e esp�ritas, ou pessoas que acreditam na reencarna��o e comunica��o com os esp�ritos.

“A comunidade esp�rita convive bem com todas as religi�es. Chico Xavier nunca teve contendas religiosas”, afirma Eug�nio, certo de que “f� � a cren�a na doutrina de Jesus”. “Quem tem f� inabal�vel pode encarar a raz�o em qualquer �poca da humanidade. Nossa bandeira �: fora da caridade, n�o h� salva��o.” Ciente disso, muitos moradores e visitantes procuram a casa localizada no Centro de Pedro Leopoldo para participar de estudos, coordenados por H�lio Paulo Martins, e receber o passe, que se traduz por “uma transmiss�o de energia, uma a��o magn�tica”, segundo Eug�nio.

Casados h� 25 anos, o engenheiro e advogado Gilson Ferreira Lage e a artista pl�stica S�nia L�cia Martins Lage est�o entre os que aguardam o momento de receber o passe. “Venho de fam�lia cat�lica, passei pela umbanda at� conhece o kardecismo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Precisamos saber o porqu� das coisas, encontrar respostas e a evolu��o”, diz Gilson. Com um sorriso, ele revela que, de vez em quando, acompanha a missa.

“Se n�o fosse o espiritismo, eu teria sucumbido”, define Anita Matos Silva, de 91 anos, que teve 16 filhos, dos quais 11 est�o vivos. “Conheci Chico Xavier. Era uma pessoa iluminada. O mundo precisa de toler�ncia, menos preconceito, mais f� e amor. Encontrei tudo isso no espiritismo”, diz Anita.