Volume de �gua do Sistema Paraopeba apresenta primeira queda desde 5 de fevereiro

O volume total de �gua nos reservat�rios do Sistema Paraopeba, formado pelas represas de Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, caiu nessa ter�a-feira para 39,2%. � a primeira queda desde 5 de fevereiro, quando o conjunto atingiu seu pior n�vel do ano, de 29,4%. Em 15 de mar�o, o percentual havia chegado a 33,8%, mas foi aumentado aos poucos com o per�odo chuvoso, e atingiu 39,3%, em 6 de abril, n�vel que foi mantido at� segunda-feira.

Comparando a medi��o feita m�s a m�s desde 2013, no dia 1º deste m�s o sistema registrou 39%, quando em 1º de abril do ano passado estava em 68% e, na mesma data de 2013, em 92,1%. A situa��o � cr�tica, segundo especialistas, e permanecem os apelos para que o consumidor economize, pois o per�odo de estiagem come�ou este m�s e vai at� setembro.
De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as previs�es n�o s�o animadoras. “Estamos entrando no per�odo seco, pois abril � o m�s de transi��o entre a esta��o chuvosa e a estiagem. A tend�ncia pela climatologia � de que as chuvas se tornem cada vez mais raras, sendo que o trimestre de junho, julho e agosto normalmente � o mais seco do ano”, disse.

Em setembro, segundo Anete, devem ocorrer as primeiras pancadas de chuva, mas elas n�o representam o fim do per�odo seco, que deve se estender at� meados de outubro. “S� que nos �ltimos dois anos, o per�odo seco tem se prolongado at� o fim do m�s de outubro e a esta��o chuvosa tem sido muito abaixo do normal”, alerta.

Estudos feitos pelo Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) indicaram que 70% dos usu�rios outorgados das tr�s bacias do Paraopeba (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores) correm o risco de ficar sem atendimento at� o fim de setembro. Diante da previs�o, foi decretado estado de escassez h�drica, que determina a redu��o da retirada de �gua para abastecimento humano e animal em 20%, para irriga��o, em 25%, ind�stria e minera��o, em 30%, e em 50% para outros usos. A concess�o de outorgas est� suspensa por tempo indeterminado. 

Licenciamento pode ir para prefeituras

Municipalizar o licenciamento ambiental. Esta foi uma das medidas propostas ontem pela for�a-tarefa criada pelo governo de Minas para diagnosticar, analisar e propor altera��es no funcionamento do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos H�dricos (Sisema), em que milhares de processos est�o parados. Em reuni�o na manh� de ontem tamb�m foi decidida a cria��o de um grupo de trabalho para processar e encaminhar os autos de infra��o pendentes. Outra medida a ser adotada � a reformula��o de processos e estudo de adequa��es a serem aplicadas ao Sisema, para melhorar o processo de regulariza��o ambiental.