A abordagem de policiais militares a um estudante negro da Faculdade de Pol�ticas P�blicas da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) deve ser levada para a an�lise do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). Pedro Henrique Afonso, de 24 anos foi detido quando chegava de carro a institui��o de ensino. O jovem afirma que foi abordado de forma truculenta pelos agentes. Uma audi�ncia de concilia��o foi realizada na ter�a-feira, mas terminou sem acordo. O comandante do 22º Batalh�o da PM, tenente-coronel Eucles Figueiredo, disse que ainda n�o foi comunicado oficialmente sobre o caso.
O caso aconteceu no fim de mar�o deste ano, mas tomou repercuss�o nos �ltimos dias depois que o estudante fez um depoimento no Facebook relatando como a situa��o aconteceu. Rapidamente, v�rias pessoas compartilharam e comentaram a postagem. De acordo com Pedro Henrique, ao chegar na faculdade, no �ltimo dia 30, policiais militares o abordaram quando trancava o carro. Ele conta que os militares desceram com arma em punho e disseram: “m�o na cabe�a, vagabundo, e cala a sua boca”.
O estudante afirma que dentro da viatura, argumentou com os policiais para que eles averiguassem se o carro era ou n�o dele. Por isso, eles voltaram e fizeram buscas no ve�culo. Em seguida, o jovem foi levado para o Juizado Especial Criminal. Ele foi ouvido por um delegado e uma audi�ncia de concilia��o foi marcada para ter�a-feira. “Foi feita uma proposta para eu pagar servi�os sociais, por�m, meu advogado n�o aceitou, porque sou inocente. Vamos encaminhar o caso para o MP averiguar”, comentou.
Depois do acontecido, Pedro Henrique se diz amedrontado. “Mudei totalmente meus h�bitos. A todo momento, mando mensagem para meus familiares, n�o saio mais sozinho. Hoje, fiquei com minha av�, que � uma pessoa muito espiritual para mim, e at� tirei f�rias do meu servi�o para eu poder ficar melhor”, afirmou o estudante.
De acordo com o tenente-coronel Eucles Figueiredo, o batalh�o n�o foi formalmente notificado de nenhuma a��o sobre o caso. “O 22º BPM desconhece. N�o fomos formalmente acionados a respeito. N�o posso me manifestar acerca de reclama��es que n�o recebemos”, relatou.