Para enfrentar a crise no sistema penitenci�rio de Minas Gerais, o governo do estado vai retomar as obras de constru��o de unidades prisionais, interrompidas desde o ano passado, e licitar novas obras. A meta � criar mais 4.000 vagas no sistema nos pr�ximos dois anos, diminuindo o def�cit atual. A decis�o foi tomada nesta quarta-feira em uma reuni�o da c�pula da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e representantes de outros �rg�os do primeiro escal�o do governo mineiro, do Judici�rio e do Minist�rio P�blico para analisar o problema de superlota��o das unidades carcer�rias do estado.
De acordo com o subsecret�rio de administra��o prisional de Minas, Ant�nio de P�dova Marchi J�nior, o problema da superlota��o se agravou com as seguidas interdi��es dos pres�dios. “S�o mais de 30 pres�dios interditados. As interdi��es come�aram em 4 de fevereiro, quando a Justi�a proibiu o Pres�dio Regional Jos� Martinho Drummond, em Ribeir�o das Neves, Grande BH, de receber mais presos. A unidade, que tem capacidade para 829 detentos, estava com 2.239. A Justi�a determinou prazo de 15 dias para transfer�ncia dos presos que excediam � capacidade da unidade prisional. Para cada preso novo que desse entrada no local, a multa seria de R$ 1 mil.
Uma semana depois, nova liminar da Justi�a suspendeu o recolhimento de presos em mais dois pres�dios de Ribeir�o das Neves, at� que o problema da superlota��o fosse resolvido. O Pres�dio Ant�nio Dutra Ladeira comporta 1.163 presos e abrigava 1.893. A Penitenci�ria Jos� Maria Alckimin, com espa�o para 1.162 detentos, estava com 1.760.