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Estado de Minas

Prometidos para o m�s passado, parklets ainda n�o t�m data para chegar �s ruas de BH

Coletivo cultural se empolga com projeto e quer novidade na Rua Sapuca�, no Bairro Floresta


postado em 04/05/2015 06:00 / atualizado em 04/05/2015 07:52

Grupo de profissionais quer parklet na Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, considerada a
Grupo de profissionais quer parklet na Rua Sapuca�, no Bairro Floresta, considerada a "varanda" da capital (foto: Cristina Hora/EM/DA Press)

Os parklets ainda n�o chegaram �s ruas da capital, mas j� tem muita gente interessada nos equipamentos que transformam vagas de estacionamento de ve�culos, nas laterais da pista de rolamento, em minipra�as com servi�os e �rea de conv�vio. “Vemos a iniciativa como um bem para a cidade, local de conviv�ncia das pessoas”, diz a designer Paula Campos, s�cia com mais seis amigos do Galp�o Cultural Benfeitoria, misto de bar, galeria de arte e espa�o para shows e espet�culos teatrais na Rua Sapuca�, na Floresta, Regi�o Centro-Sul. Ao saber da proposta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para ocupa��o de vias p�blicas, o grupo se uniu aos profissionais de um est�dio de arquitetura, apresentou o projeto e aguarda ansioso a resposta. “A previs�o � que tenhamos resposta na quinta-feira”, adianta Paula.


Na tarde de ontem, o coletivo formado por designers, publicit�rios, produtores de v�deo, arquitetos, rela��es-p�blicas e um chefe de cozinha mostrou seu entusiasmo com a novidade e disse que acredita nos bons resultados da ocupa��o urbana, j� existente em outras capitais do mundo. “� um incentivo �s pessoas para deixar o carro em casa e vir aqui de bicicleta”, afirma a arquiteta Amanda Gomes, do Quadra Est�dio Criativo, parceiro da turma do Benfeitoria e um dos profissionais respons�veis pelo projeto. J� a rela��es-p�blicas Jordana Menezes destaca que o objetivo � interagir com os moradores. “Vamos ter muito verde, plantas, bancos para o pessoal descansar e biciclet�rio. � ponto de conviv�ncia, um mobili�rio urbano – n�o se trata de um equipamento para n�s, mas para a Rua Sapuca�”, revela.

Previstos inicialmente para ganhar forma em meados de abril, conforme mostrou o ESTADO DE MINAS em 13 de mar�o, os parklets dever�o demorar ainda um m�s para virar realidade, informou o secret�rio municipal adjunto de Planejamento Urbano, Leonardo Castro. Sem querer adiantar muito sobre os avan�os, ele se limita a dizer que o primeiro equipamento ser� instalado dentro do per�metro da Avenida do Contorno.

NOME PR�PRIO
A ideia dos parklets nasceu em S�o Francisco, Calif�rnia, nos Estados Unidos, atravessou o oceano e foi bem recebida em S�o Paulo, Fortaleza e Porto Alegre. O nome definitivo, por enquanto, n�o est� definido, embora a PBH tenha recebido sugest�es, diz o secret�rio. Entre elas, Parkin, que a turma do Benfeitoria prefere “amineirar” e chamar de Parquim. “Mas tamb�m pode ser minipra�a, Vaga Viva”, diz Paula, ao lado dos designers Henrique Can�ado, Rodrigo Greco e Jo�o Andere, dos produtores de v�deo Rafael Bueno e Andr� Siqueira, da RP Jordana Menezes, da arquiteta Amanda Gomes e do chefe de cozinha argentino Nicolas Bollini.

De t�o animado, o coletivo j� fez um bazar com roupas doadas pelo estilista de BH Lucas Magalh�es para obter recursos para concretizar o projeto e pagar a estrutura. “Aqui ao lado tem uma faculdade e os alunos, nos intervalos das aulas, costumam ficar encostados no parapeito da Sapuca�. � um bom lugar para o parklet, pois a popula��o j� se apropriou”, diz Rafael Bueno, mostrando a balaustrada de alvenaria considerada uma “varanda de BH”. Ao ser instalado, o parklet ficar� do lado da cal�ada do guarda-corpo e n�o da dos pr�dios.

Conforme o decreto do prefeito Marcio Lacerda, publicado em 13 de mar�o no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM), o processo n�o envolve licita��o, apenas autoriza��o da PBH. O secret�rio Leonardo Castro destaca que o espa�o poder� ser ocupado por empresas, estabelecimentos comerciais, organiza��es n�o-governamentais, bancos, associa��es de moradores e outros empreendimentos e entidades. Al�m de bancos para descansar, mesas com cadeiras, o equipamento poder� ter t�tem para recarrega de telefone celular e algum servi�o que for conveniente ao mantenedor. “O fundamental � que tais equipamentos sejam de uso irrestrito, n�o privativos, estando aberto a todas as pessoas”, destaca Castro.

Maquete de parklet: projeto nasceu em San Francisco, nos EUA. No Brasil, Fortaleza, São Paulo e Pouso Alegre já incorporaram os equipamentos(foto: PBH/Divulgação)
Maquete de parklet: projeto nasceu em San Francisco, nos EUA. No Brasil, Fortaleza, S�o Paulo e Pouso Alegre j� incorporaram os equipamentos (foto: PBH/Divulga��o)


CONSERVA��O As estruturas s�o instalados geralmente em pontos mais nobres das cidades, com a condi��o b�sica de serem apropriados pela popula��o. Como ocorre em todas os lugares do mundo que adotaram os parklets, a implanta��o e posterior conserva��o fica a cargo do “mantenedor” e n�o da prefeitura. “O retorno n�o � financeiro e varia de interessado para interessado no projeto. H� empresas que gostam de associar seu nome a iniciativas bacanas e positivas para a vida da cidade. Em BH isso ocorre com a ado��o da Pra�a da Liberdade. Outros empreendedores, por sua vez, gostam de tornar o ambiente de neg�cios mais agrad�vel”, afirma Castro.

Por ficar na rua e n�o na cal�ada, os parklets t�m grade de prote��o dois lados. De acordo com a maquete feita pela equipe da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, as estruturas ter�o caracter�sticas bem particulares: ser�o de madeira certificada e resistentes ao sol e � chuva; remov�veis e capazes de regularizar a diferen�a de n�vel resultante da curvatura transversal da via p�blica, sem concretagem sobre o asfalto; modulares, para facilitar transporte, montagem e desmontagem; e ter�o piso nivelado com o da cal�ada; faixas refletivas (em pintura ou adesvio) nas bordas do parklet; sinaliza��o indicativa obrigat�ria, que ainda ser� definida; e sinaliza��o do patrocinador opcional, tamb�m em estudo final. A interven��o vai eliminar vagas para carros e explicou que os equipamentos ter�o 1 metro de largura por 2,20m de comprimento. Uma mesma via p�blica, portanto, poder� receber v�rios deles.


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