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Estado de Minas

Com falta de vagas para presos, PMs esperam mais de 13 horas para encerrar BOs

Sem vagas em carceragens superlotadas, militares ficam impedidos de atender novas ocorr�ncias. Nem as Ceflans, que deviam apressar o trabalho policial, escapam


postado em 07/05/2015 06:00 / atualizado em 07/05/2015 07:35

PMs diante da Central de Flagrantes na Floresta: equipes passam toda a jornada imobilizadas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
PMs diante da Central de Flagrantes na Floresta: equipes passam toda a jornada imobilizadas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

A crise do complexo prisional mineiro chegou � ponta do sistema: as unidades da Pol�cia Civil, onde policiais militares est�o sendo obrigados a esperar mais de 13 horas para encerrar boletins de ocorr�ncia em Belo Horizonte. Equipes de PMs est�o tendo que se revezar para cuidar dos detidos, inclusive fornecendo alimenta��o, at� que surjam vagas, enquanto penitenci�rias, pres�dios e centros de remanejamento est�o superlotados, alguns inclusive proibidos pela Justi�a de receber detentos. O d�ficit chega a 26 mil postos, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Em 1º de janeiro, a Subsecretaria de Administra��o Prisional (Suapi) abrigava 55.267 presos, com estrutura para 32 mil. Na �ltima ter�a-feira, o n�mero de internos chegou a 58.603 – 3.336 a mais em 125 dias.

N�o � dif�cil ver os reflexos do quadro: �s 15h30 dessa  quarta-feira, cinco presos por furto e um por assalto aguardavam desde a 1h da madrugada na Central de Flagrantes da Pol�cia Civil da Rua Pouso Alegre (Ceflan 1), no Bairro Floresta Regi�o Leste. “A Pol�cia Civil alega que n�o tem vagas no sistema prisional e n�o recebe os presos”, reclama o sargento Charles de Alc�ntara, do 49º Batalh�o da PM, que tinha ido render outra equipe de PMs que passou a madrugada na unidade e largou servi�o �s 7h. “N�o h� previs�o de quando vou ser atendido e uma terceira equipe vai ter que nos render”, comentou o sargento.  Vale lembrar que as Ceflans foram criadas exatamente para apressar o registro de crimes e liberar militares mais rapidamente para as ruas.

Na situa��o atual, como os presos permanecem sob a guarda dos militares at� que o delegado lavre o flagrante, a PM est� sendo obrigada a fornecer inclusive alimenta��o e �gua para os detidos, quando n�o h� parentes dos suspeitos presentes para isso. Ontem, um capit�o do 16º Batalh�o teve que mandar marmitex e refrigerante para os presos da Ceflan 1. Caso contr�rio, eles passariam fome.

A cela de triagem na recep��o da delegacia, onde a PM mantinha 11 presos, n�o tinha cadeado e um militar precisou usar uma algema para fechar a grade. Dentro da delegacia, outros 10 detidos, j� sob cust�dia da Pol�cia Civil, aguardavam transfer�ncia para o sistema prisional. Uma viatura da Suapi chegou �s 15h, mas a informa��o era de que apenas 15 vagas haviam sido conseguidas, no Pres�dio de S�o Joaquim de Bicas, na Regi�o Metropolitana de BH, para atender a todas as delegacias da capital. Resultado: apenas cinco presos da Ceflan 1 puderam deixar o local.


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