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Estado de Minas

Seds apela para medidas emergenciais diante da crise no sistema prisional

Unidades de ensino vazias e cadeias desativadas do interior podem ser usadas para amenizar a crise no sistema prisional


postado em 07/05/2015 06:00 / atualizado em 07/05/2015 06:42

Policiais e presos enfrentam árdua rotina de espera(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Policiais e presos enfrentam �rdua rotina de espera (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Escolas desativadas poder�o ser adaptadas para abrigar presos em Minas, anunciou ontem o secret�rio de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana. Essa seria uma das medidas emergenciais para tentar resolver a crise no sistema prisional, segundo ele. Santana tamb�m est� fazendo um levantamento de carceragens no interior do estado, com cadeias p�blicas atualmente desativadas, que tenham condi��es de serem reformadas para receber presos provisoriamente em Minas. “Outros im�veis de propriedade do Estado, como escolas desativadas, tamb�m devem ser mapeados e, em casos mais urgentes, adaptados para ampliar a capacidade do sistema prisional do Estado”, disse.

Enquanto o problema n�o � resolvido, presos est�o ficando at� 34 horas em celas provis�rias nas delegacias esperando uma vaga nos Centros de Remanejamento de Presos (Ceresps), onde v�o continuar aguardando transfer�ncia para os pres�dios. Delegacias que n�o t�m cela mandam os presos que chegam para as duas Ceflans.


O marido e o cunhado de Karina de Oliveira, de 20, foram presos �s 6h de ter�a-feira, acusados de porte ilegal de armas, e �s 16h30 de ontem ainda aguardavam transfer�ncia numa cela provis�ria da Central de Flagrantes da Rua Conselheiro Lafaiete (Ceflan 2), no Bairro Floresta, Regi�o Leste de Belo Horizonte. “S�o 15 presos em um espa�o que cabe apenas cinco. Eles est�o todos em p�, espremidos, n�o h� espa�o nem para sentar no ch�o”, disse Karina. A Pol�cia Civil informou que fornece alimenta��o quando o preso j� est� sob a sua cust�dia. O cliente do advogado F�bio Lu�s Pires Maciel ainda estava em poder dos PMs desde 1h da madrugada, aguardando vaga em pres�dio e o delegado lavrar o flagrante, e a fam�lia precisou comprar o almo�o para ele.


PLANT�O
Assim como os presos, v�rios policiais militares tamb�m permaneciam de plant�o ontem na Ceflan 2, aguardando o surgimento de vagas nos pres�dios para poder entregar os presos ao delegado. Uma sargento do 1º Batalh�o da PM, que pediu para n�o ser identificada, estava desde as 7h aguardando para encerrar uma ocorr�ncia de furto e somente p�de ir para casa quando um colega assumiu o seu posto, �s 16h30.


Antes da sargento, outros PMs j� tinham ficado das 4h30 �s 7h na delegacia, cuidando do preso acusado que havia furtado uma lata de tinta numa constru��o. “A pessoa que � roubada � v�tima duas vezes: do crime e do sistema. Como a v�tima tamb�m tem que esperar para ser ouvida pelo delegado, a gente a libera e pega um telefone de contato. Quando o delegado recebe a ocorr�ncia e o preso, a gente telefona para a v�tima e ela volta para configurar o flagrante”, disse a sargento. Segundos os PMs, muitas v�timas ficam cansadas de esperar na delegacia e v�o embora. Mas, como o boletim de ocorr�ncia da PM � registrado assim mesmo, elas voltas intimadas pelo delegado para prestar depoimento.

Para um sargento, que pediu para n�o ser identificado, toda a popula��o est� sendo prejudicada pela crise do sistema prisional. Segundo ele, v�rias equipes da PM, que deveriam estar nas ruas, fazendo o policiamento ostensivo, est�o passando todo o hor�rio de trabalho nas delegacias, aguardando para entregar o preso ao delegado. “Todo cidad�o de bem, inclusive os meus filhos, est�o ficando � merc� dos bandidos nas ruas”, reagiu.


A equipe do sargento Fl�vio Martins, do Batalh�o Rotam, prendeu tr�s traficantes �s 10h30 de ontem no Bairro Goi�nia, na Regi�o Nordeste, e �s 19h ainda aguardavam na Ceflan 1 para lavrar o flagrante e o delegado receber os presos. O material apreendido, tr�s barras de maconha, totalizando 6kg, 150 gramas de crack e mais dez pedras da mesma droga, sete buchas de maconha, um rev�lver calibre 38, muni��o e dinheiro ainda permaneciam em poder dos PMs. “N�o temos ideia de quando vamos sair daqui”, disse sargento Fl�vio.


A Seds informou que rest� remanejando presos entre as unidades da Suapi, no intuito de administrar o problema atual da superlota��o do sistema prisional mineiro. “A Seds ressalta ainda que os presos que est�o nas Centrais de Flagrante (Ceflans) da Pol�cia Civil certamente ser�o encaminhados para unidades prisionais da Subsecretaria de Administra��o Prisional, � medida que vagas forem liberadas”, informou a secretaria, por meio de nota.


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