
Segundo Maur�cio de Lana, a mudan�a no projeto que permitiu a abertura de 42 janelas no corpo do viaduto fragilizou sua estrutura e provocou a queda. Ele disse que a Cowan enviou correspond�ncia � Consol para que avaliasse tecnicamente a possibilidade de abertura de duas janelas na laje superior do viaduto, o que n�o foi autorizado pela empresa projetista. “No entanto, a Cowan fez 42 janelas no viaduto. Todas essas mudan�as n�o foram objeto da anu�ncia da projetista. E eu desconhe�o se houve aprova��o da Sudecap e do Crea”, afirmou Lana fazendo refer�ncia � necessidade de a autarquia da Prefeitura respons�vel pela obra – a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital - e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais se manifestarem nesse caso.
Com uma maquete da parte do viaduto que se rompeu, o diretor da Construtora Cowan, Jos� Paulo Toller Mota, rebateu as acusa��es do titular da Consol. Sobre o uso de concreto vencido, ele disse que todo o concreto e o a�o utilizados em todas as partes do projeto estavam de acordo com as especifica��es t�cnicas. Ele citou o laudo do diretor de Criminal�stica da Pol�cia civil, o qual aponta que a Cowan executou rigorosamente o projeto entregue pela Consol.
De acordo com Mota, o erro do projeto da Consol foi n�o ter dimensionado que a carga do bloco do pilar P3 pudesse ser transferida de modo uniforme para as 10 estacas que ficam em volta do viaduto. Pela an�lise dele, apenas duas dessas estacas foram sobrecarregadas, recebendo uma carga de 2500 toneladas, o que fez com que essas estruturas afundassem 7 metros no ch�o.
Jos� Paulo Mota tamb�m rebateu as acusa��es da Consol de que a causa do acidente seriam �s janelas feitas no viaduto. Ele respondeu que em obras similares ao Viaduto Batalha dos Guararapes, como o Viaduto B, Norte-Sul, constru�dos no per�odo em que a Consol atuava na fiscaliza��o, foram feitas v�rias janelas nessas edifica��es.
Mota explicou que, no viaduto inteiro, a Consol projetou apenas quatro janelas que n�o permitem que se entre embaixo do viaduto. Por isso, segundo ele, houve necessidade de se abrir novas janelas nas laterais da obra. Essas estruturas permitem, durante a obra, o trabalho com seguran�a dos oper�rios e atendem a normas de engenharia civil; e ap�s a conclus�o, possibilitam a manuten��o do viaduto, de modo que se possa entrar embaixo da laje para fazer verifica��es de rachaduras, infiltra��es ou outras pequenas falhas na estrutura. Al�m disso, Jos� Paulo disse que a Cowan contratou laudos que comprovaram que a abertura das janelas n�o comprometeria a estrutura nem provocaria qualquer rompimento.
O deputado Gilberto Abramo (PMDB), que solicitou a reuni�o, lamentou a aus�ncia na reuni�o de representante da PBH. Ele anunciou que vai negociar na C�mara Municipal de Belo Horizonte a realiza��o de audi�ncia com a convoca��o da Prefeitura. Tamb�m considerou equivocado o sistema que permite que o contratante da obra seja o mesmo que a fiscaliza. “Acho que o Crea deveria desempenhar seu papel nessas situa��es, nomeando um engenheiro para fiscalizar essas grandes obras”, sugeriu.