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Estado de Minas

Consol acusa Cowan de ter usado concreto vencido em viaduto que caiu na Avenida Pedro I

Empresas trocaram acusa��es em audi�ncia p�blica de comiss�o da Assembleia Legislativa de Minas. Fiscaliza��o da prefeitura em constru��o do Viaduto Batalha dos Guararapes tamb�m foi criticada


postado em 26/05/2015 20:51 / atualizado em 26/05/2015 21:15

Viaduto Batalha dos Guararapes caiu, em junho do ano passado, matando duas pessoas e ferindo várias outras(foto: Policia Civil/Divulgação)
Viaduto Batalha dos Guararapes caiu, em junho do ano passado, matando duas pessoas e ferindo v�rias outras (foto: Policia Civil/Divulga��o)
Representantes da Consol Engenharia e da Construtora Cowan trocaram acusa��es nesta ter�a-feira em audi�ncia p�blica da Comiss�o de Transporte, Comunica��o e Obras P�blicas da Assembleia Legislativa de Minas, que discutiu as responsabilidades sobre a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, que estava em constru��o e desabou em julho do ano passado, na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, matando duas pessoas e ferindo v�rias outras. O diretor-presidente da Consol, Maur�cio de Lana, respons�vel pelo projeto t�cnico do viaduto, listou v�rias irregularidades que a Cowan teria cometido, segundo ele, como a retirada muito r�pida do escoramento do viaduto e o uso de concreto vencido em uma parte do viaduto. Tamb�m criticou a falta de uma estrutura de fiscaliza��o mais eficaz por parte da Prefeitura de Belo Horizonte. O diretor da Cowan, Jos� Paulo Toller Mota, que executou o servi�o, afirmou que houve erros de c�lculo no projeto.

Segundo Maur�cio de Lana, a mudan�a no projeto que permitiu a abertura de 42 janelas no corpo do viaduto fragilizou sua estrutura e provocou a queda. Ele disse que a Cowan enviou correspond�ncia � Consol para que avaliasse tecnicamente a possibilidade de abertura de duas janelas na laje superior do viaduto, o que n�o foi autorizado pela empresa projetista. “No entanto, a Cowan fez 42 janelas no viaduto. Todas essas mudan�as n�o foram objeto da anu�ncia da projetista. E eu desconhe�o se houve aprova��o da Sudecap e do Crea”, afirmou Lana fazendo refer�ncia � necessidade de a autarquia da Prefeitura respons�vel pela obra – a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital - e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais se manifestarem nesse caso.

Com uma maquete da parte do viaduto que se rompeu, o diretor da Construtora Cowan, Jos� Paulo Toller Mota, rebateu as acusa��es do titular da Consol. Sobre o uso de concreto vencido, ele disse que todo o concreto e o a�o utilizados em todas as partes do projeto estavam de acordo com as especifica��es t�cnicas. Ele citou o laudo do diretor de Criminal�stica da Pol�cia civil, o qual aponta que a Cowan executou rigorosamente o projeto entregue pela Consol.

De acordo com Mota, o erro do projeto da Consol foi n�o ter dimensionado que a carga do bloco do pilar P3 pudesse ser transferida de modo uniforme para as 10 estacas que ficam em volta do viaduto. Pela an�lise dele, apenas duas dessas estacas foram sobrecarregadas, recebendo uma carga de 2500 toneladas, o que fez com que essas estruturas afundassem 7 metros no ch�o.

Jos� Paulo Mota tamb�m rebateu as acusa��es da Consol de que a causa do acidente seriam �s janelas feitas no viaduto. Ele respondeu que em obras similares ao Viaduto Batalha dos Guararapes, como o Viaduto B, Norte-Sul, constru�dos no per�odo em que a Consol atuava na fiscaliza��o, foram feitas v�rias janelas nessas edifica��es.

Mota explicou que, no viaduto inteiro, a Consol projetou apenas quatro janelas que n�o permitem que se entre embaixo do viaduto. Por isso, segundo ele, houve necessidade de se abrir novas janelas nas laterais da obra. Essas estruturas permitem, durante a obra, o trabalho com seguran�a dos oper�rios e atendem a normas de engenharia civil; e ap�s a conclus�o, possibilitam a manuten��o do viaduto, de modo que se possa entrar embaixo da laje para fazer verifica��es de rachaduras, infiltra��es ou outras pequenas falhas na estrutura. Al�m disso, Jos� Paulo disse que a Cowan contratou laudos que comprovaram que a abertura das janelas n�o comprometeria a estrutura nem provocaria qualquer rompimento.

O deputado Gilberto Abramo (PMDB), que solicitou a reuni�o, lamentou a aus�ncia na reuni�o de representante da PBH. Ele anunciou que vai negociar na C�mara Municipal de Belo Horizonte a realiza��o de audi�ncia com a convoca��o da Prefeitura. Tamb�m considerou equivocado o sistema que permite que o contratante da obra seja o mesmo que a fiscaliza. “Acho que o Crea deveria desempenhar seu papel nessas situa��es, nomeando um engenheiro para fiscalizar essas grandes obras”, sugeriu.


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