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Estado de Minas

Pol�cia Civil apura morte de mais de 40 c�es apreendidos pela PBH na Feira Hippie

Animais morreram depois de serem levados para abrigo em Contagem. Suspeita � de que eles tenham morrido em fun��o de uma contamina��o anterior � apreens�o. Conduta de vendedores e da prefeitura ser� avaliada


postado em 20/06/2015 06:00 / atualizado em 20/06/2015 07:22

Venda de animais ocorre há anos na Feira Hippie: suspeita é de morte por contaminação(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press - 09/02/2003)
Venda de animais ocorre h� anos na Feira Hippie: suspeita � de morte por contamina��o (foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press - 09/02/2003)
A Pol�cia Civil investiga a morte de mais de 40 c�es apreendidos em uma opera��o da Prefeitura de Belo Horizonte na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, a Feira Hippie. Em 26 de abril deste ano, 88 cachorros e duas calopsitas foram retirados de seus donos por irregularidades na comercializa��o. Os animais foram levados para um abrigo em Contagem, na Grande BH. Uma semana depois, quase metade dos c�es morreu. O inqu�rito apura se houve maus-tratos dos animais por parte dos comerciantes e poss�vel neglig�ncia por parte da PBH e do abrigo, respons�veis pela guarda e prote��o dos animais depois da apreens�o.

Policiais devem ouvir nos pr�ximos dias funcion�rios da Prefeitura de Belo Horizonte e militares que participaram da opera��o. O caso voltou � tona durante audi�ncia p�blica na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na semana passada, quando um dos participantes denunciou que parte dos c�es havia morrido depois de serem confiscados.

A delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, da Divis�o Especializada de Prote��o ao Meio Ambiente (Dema), � a respons�vel pelas investiga��es. Ela revelou que a per�cia esteve no abrigo para onde os animais foram levados e constatou que aproximadamente metade dos filhotes morreu. Por isso, al�m dos comerciantes, a PBH e o abrigo podem ser responsabilizados. “A princ�pio, seriam investigados os maus-tratos por parte dos comerciantes. Mas, como no decorrer do trabalho policial aconteceram �bitos dos animais, isso tamb�m ser� investigado. Todos podem ser responsabilizados na esfera criminal e c�vel”, explica a delegada.

O comandante da Companhia de Pol�cia Militar do Meio Ambiente, capit�o Juliano Jos� Trant de Miranda, esteve na audi�ncia p�blica na ALMG. Militares da companhia e veterin�rios participaram da apreens�o em abril e observaram as condi��es dos c�es. “A maioria deles sem denti��o, filhotes sem vacina��o, em situa��o prec�ria”, detalha o capit�o Trant. “Quando um c�o daqueles est� doente, espalha para os outros rapidamente”. Segundo ele, havia animais com sinais de maus tratos. “Tem o relato fotogr�fico. Voc� v� as fotos dos animais com caudas cortadas, sem dentes”. As imagens foram repassadas ao Minist�rio P�blico e � Pol�cia Civil.

Contamina��o

Um m�dico veterin�rio que prefere n�o se identificar contou � reportagem que a principal suspeita � de que os animais tenham morrido em fun��o de uma contamina��o anterior � apreens�o. “Fiz o laudo dos c�es quando eles foram retirados da feira. Ap�s a apreens�o feita pela prefeitura, parte deles apresentava sintomas de cinomose e parvovirose. Eles j� passaram por necropsia para confirmar a causa das mortes”, revela.As duas doen�as s�o contagiosas e o risco de vida � alto se houver contamina��o. No caso da infec��o por parvovirus, o c�o sofre com a desidrata��o, por causa da grande perda de l�quidos em fun��o de v�mitos e diarreia. Tamb�m h� febre e o organismo do animal tem sua capacidade de lutar contra infec��es muito reduzida.

A cinomose tamb�m � causada por um v�rus e atinge v�rios �rg�os dos cachorros infectados. De f�cil transmiss�o, provoca perda de apetite, v�mito, diarreia, falta de coordena��o, secre��o no nariz e olhos, febre e apatia. O tratamento � dif�cil: o cachorro deve ser isolado e receber antibi�ticos para auxiliar no combate a infec��es secund�rias. Apesar disso, a taxa de mortalidade � muito alta, principalmente entre filhotes.

A responsabilidade da PBH e do abrigo pode se dar por neglig�ncia. “Se todos os animais n�o estivessem juntos, talvez n�o teria morrido nenhum. Tem que ver se a a��o foi satisfat�ria. Por exemplo, ser� que se cada animal tivesse ficado com seu propriet�rio n�o teriam sido preservadas as vidas de outros animais? Talvez a morte possa ter ocorrido pelo fato de estarem ali juntos”, comentou Margaret de Freitas.Destino dos c�es.


Venda irregular e maus tratos

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) tamb�m apura a venda irregular e a suspeita de maus-tratos contra os animais. Em nota, o �rg�o informou que “a promotoria n�o recebeu nenhuma den�ncia at� o momento contra o abrigo e nem sobre a morte de c�es. Entretanto, durante a investiga��o, caso surja outro assunto relacionado ao caso, ser�o tomadas provid�ncias.” Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que apreens�o ocorreu em cumprimento ao C�digo de Posturas. Disse ainda que os animais est�o sob a guarda de um deposit�rio fiel, e que a devolu��o foi prorrogada a pedido da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente. Segundo a PBH, assim que o MP liberar a entrega, “os interessados ser�o comunicados para que fa�am o resgate”. (Com Jo�o Henrique do Vale e Rafael Passos)


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