“Um ano de tristeza, um ano de saudade, um ano de sofrimento e justi�a nenhuma”, � assim que Analina Soares Santos define esta sexta-feira, quando se completam 12 meses da morte da filha, Hanna Cristina Santos, de 24 anos, motorista do suplementar 70, que teve a parte da frente esmagada pelo Viaduto Batalha dos Guararapes.
Nesta manh�, a reportagem do EM esteve na casa da fam�lia, onde eles comentaram a trag�dia. Eles reclamaram da demora para a puni��o dos respons�veis. “Gostaria que eles dessem um jeito de resolver o que tem que resolver com a gente para acabar com isso, porque isso s� aumenta o nosso sofrimento”, diz o pai da jovem, Jos� Ant�nio dos Santos.
O �nibus conduzido por Hanna fazia a linha Conjunto Felicidade/Shopping Del Rey. Ela seguia no sentido bairro pela Avenida Pedro I quando o ve�culo foi atingido pela estrutura de concreto. Segundo relatos, ao perceber que o viaduto estava despencando, a motorista conseguiu frear e jogar o ve�culo para a direita, o que reduziu o impacto e salvou os outros ocupantes, entre eles sua filha, Ana Clara, que tinha 6 anos na �poca. A m�e conseguiu jogar a crian�a para o lado, evitando que ela fosse atingida.
A outra da trag�dia � o servente de pedreiro Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25, que seguia em um Fiat Uno ao lado do �nibus. Morador de Lagoa Santa, na regi�o metropolitana, naquele dia ele compraria um carro novo com a companheira, Cristilene Pereira Leme. Depois de ligar para o companheiro, sem que ele atendesse, seguiu at� o local do acidente, onde soube da morte. Ela acompanhou por mais de 15 horas a retirada do corpo dentro do ve�culo esmagado pelo viaduto.