Um novo caso envolvendo taxistas e um motorista que faz transporte de passageiros pelo aplicativo Uber foi registrado na noite de s�bado, na Pra�a da Bandeira, no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul de BH. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram o quarto caso do tipo em 48 horas com taxistas insatisfeitos com a atua��o da empresa norte-americana, que faz transporte de passageiros por meio de aplicativo. Hoje, a categoria pretende fazer protesto, saindo da Pra�a da Esta��o e seguindo para a sede do Minist�rio P�blico, no Bairro Santo Agostinho, onde haver� reuni�o para discutir o assunto.
O epis�dio na Pra�a da Bandeira foi postado em um grupo de WhatsApp dos condutores do Uber. Os taxistas cercaram o motorista, mas foram embora com a aproxima��o de uma viatura policial, disse um motorista do servi�o ao EM.
Na sexta-feira, um motorista de transporte executivo foi impedido de pegar uma passageira num hotel no Belvedere por ter sido confundido com parceiro do Uber. No mesmo dia, outro motorista do Uber n�o conseguiu pegar clientes no estacionamento do Ponteio Lar Shopping. Na quinta, a pol�cia interveio em uma briga entre taxistas e aut�nomos. Na madrugada de s�bado, dois carros do Uber foram danificados.
Motoristas do aplicativo reclama da a��o de taxistas. “Eles fecham, tentam intimidar, agridem, arranham carro, chutam porta”, diz o motorista que presta servi�o pelo aplicativo.
O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Aut�nomos de Ve�culos Rodovi�rios, Taxistas e Transportadores Rodovi�rios Aut�nomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir), Ricardo Faedda, condenou qualquer tipo de agress�o entre taxistas e aut�nomos. Mas criticou a morosidade do poder p�blico em apontar solu��es para o impasse. Faedda defende que a categoria fa�a “manifesta��o pac�fica pelos seus direitos”, e hoje espera reunir centenas de taxistas no protesto pela manh�.
“A dire��o do Sincavir repudia qualquer agress�o. Mas n�o entende a morosidade do poder p�blico, que com base na Lei Federal 123.468/11, que regulamente a profiss�o de taxistas, j� teria como agir contra o Uber, que atua de forma irregular”, explicou. O sindicalista diz que s� em BH o servi�o do aplicativo j� representa queda de 30% nas corridas de t�xi. “O Uber � uma empresa estrangeira que leva 20% dos valores das corridas e isso deveria ser investigado at� pelo Minist�rio P�blico Federal, pois pode representar evas�o de divisas”, reclamou.
Por meio de nota, o Uber, que esta h� oito meses em BH, criticou as agress�es. A empresa funciona em 310 cidades de 58 pa�ses e � alvo de discuss�es jur�dicas sobre a legalidade do servi�o. No Brasil atua em Bras�lia, S�o Paulo, Rio e BH. Em S�o Paulo, a prefeitura est� autuando motoristas do aplicativo. A BHTrans considera o servi�o ilegal, mas ressalta que est� impedida de autuar. A Pol�cia Militar informou que ainda n�o h� decis�o judicial ou legisla��o que aponte ilegalidade do Uber na capital mineira.