Os impactos provocados em Belo Horizonte e outros munic�pios mineiros por causa da falta de repasse de verba do Minist�rio da Sa�de ligou o alerta do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM/MG). O problema est� no aumento de reclama��es das unidades de sa�de sobre a falta de recursos essenciais para os atendimentos, principalmente ligado aos pacientes do Sistema �nico de Sa�de (SUS), de acordo com o presidente do Conselho, F�bio Guerra. O temor, segundo ele, � que os centros fechem as portas e provoquem um efeito 'cascata'. Nesta ter�a-feira, m�dicos da Santa Casa da capital mineira paralisaram as atividades por causa do atraso da verba destinadas ao custeio de cirurgias eletivas (agendadas previamente).
Al�m das cirurgias, o atraso no repasse tamb�m afeta os atendimentos do SUS nas unidades de sa�de de Belo Horizonte. Diariamente o CRM diz receber den�ncias de falta de insumos. “Estamos vendo uma crise geral na sa�de, principalmente no SUS por causa do contingenciamento de verbas do Minist�rio da Sa�de que n�o vem para o Estado. Temos percebido um aumento no n�mero de comunica��es de unidades em rela��o aos atrasos e diminui��o de recursos, o que tem levado a problemas de infraestrutura. Isso causa um comprometimento importante nas unidades”, afirmou F�bio Guerra.
Nos �ltimos meses, segundo o CRM, unidades chegaram a fechar as portas por causa do problema. “Isso sobrecarrega outras unidades de Belo Horizonte, que acabam tendo mais dificuldades para atender a demanda. Isso � uma cascata. N�o vindo dinheiro do Governo Federal, os munic�pios n�o d�o conta de manter”, comenta o presidente do CRM.
De acordo com Guerra, o CRM est� discutindo os problemas da crise junto com outras unidades m�dicas.
Greve de m�dicos da Santa Casa
Como reflexo da crise, m�dicos da Santa Casa BH paralisaram as atividades nesta sexta-feira. A categoria reclama do atraso do repasse relacionado ao custeio das cirurgias eletivas. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, o atendimento a pacientes j� internados ocorre normalmente. Servi�os de hemodi�lise e oncologia, bem como os de urg�ncia realizados na Cl�nica de Olhos e na Maternidade Hilda Brand�o, tamb�m est�o funcionando sem altera��es mas, enquanto durar o movimento, novas interna��es e cirurgias eletivas (agendadas previamente) n�o ser�o realizadas.
Em nota, a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) informou que est� em dia com as transfer�ncias para a Santa Casa, conforme cronograma de pagamentos pactuados com a dire��o da institui��o. Entretanto, admite que n�o fez o repasse dos valores referentes �s cirurgias eletivas realizadas ap�s mar�o, pois “ainda n�o recebeu do Minist�rio da Sa�de tais recursos”.