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Estado de Minas

Vizinhos da PUC voltam a reclamar de baderna, drogas e viol�ncia nas festas estudantis

Universit�rio de 22 anos, assassinado em uma calourada na madrugada de s�bado, foi sepultado no domingo. Respons�vel pelo policiamento no bairro, a 9� Cia da PM admitiu ter sido surpreendida com um p�blico t�o grande para um evento n�o informado com anteced�ncia, nem autorizado


postado em 10/08/2015 06:00 / atualizado em 10/08/2015 10:35

Vizinhos como Danielle Salgado, Carlos Carvalho e Walter Freitas dizem que poder público não age diante dos abusos em calouradas(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
Vizinhos como Danielle Salgado, Carlos Carvalho e Walter Freitas dizem que poder p�blico n�o age diante dos abusos em calouradas (foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)

Queixando-se de abandono e cobrando provid�ncias de �rg�os p�blicos, moradores do Bairro Cora��o Eucar�stico, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, denunciam neglig�ncia nos servi�os de seguran�a, fiscaliza��o e no cumprimento do C�digo de Posturas do Munic�pio. As queixas, segundo os moradores, extrapolam o epis�dio ocorrido na madrugada de s�bado, quando, em uma calourada organizada por estudantes em um bar no entorno da PUC Minas, houve tumulto, bloqueio de ruas, uso de drogas e sexo em via p�blica, al�m de acidente de tr�nsito e muitas brigas, entre elas a que resultou no assassinato de Daniel de Melo Vianna, enterrado ontem. “Temos problemas sempre. Nas calouradas, eles apenas se potencializam e o bairro vira terra sem lei”, afirma o presidente da associa��o de moradores, Walter Freitas. Respons�vel pelo policiamento no bairro, a 9ª Cia da PM admitiu ter sido surpreendida com um p�blico t�o grande para um evento n�o informado com anteced�ncia, nem autorizado. Comandante de setor, o tenente Rafael Botelho adiantou que a corpora��o tentar� barrar a realiza��o de festa semelhante, comunicada � companhia de forma extraoficial e programada para a pr�xima sexta-feira.

Como explicam os moradores, as calouradas, com p�blico que chega a aproximadamente 5 mil pessoas, ocorrem de modo geral em v�rios dias do in�cio e t�rmino de semestres, e tamb�m em datas pr�-feriado e no Carnaval. Eles afirmam que praticamente todos os bares do entorno imediato da PUC cometem irregularidades e que j� � “cultural” infringir a lei na regi�o. “Somos um bairro universit�rio e n�o vejo outras �reas de BH que tamb�m t�m faculdades sofrer tanto como sofremos aqui. O resultado dessas festas � sempre o mesmo: tumulto, brigas, sujeira, som alto, gente fazendo sexo na rua, urinando no port�o das casas, usando drogas. O problema � que ningu�m faz nada”, afirma a administradora Danielle Salgado, vizinha da PUC Minas e do Bar do Kareca, onde o jovem foi assassinado.

A moradora diz colecionar protocolos da BHTrans, nos quais solicita reboque de carros parados de forma irregular nas ruas do entorno de casa. Um dos pontos mais cr�ticos, segundo ela, � no cruzamento da Avenida Dom Jos� Gaspar com Rua Dom Jo�o Pimenta, por onde circulam �nibus e viaturas do Samu. “Os ve�culos n�o t�m como passar, pois os carros param at� do lado em que � proibido e bloqueiam o tr�nsito. A gente chama o reboque, mas na maioria das vezes ningu�m vem”, afirma, lembrando ainda ter ligado in�meras vezes na noite da �ltima sexta-feira para a PM. “A resposta era sempre a mesma: ‘N�o temos viatura no momento’. Lament�vel”, criticou.

V�deo mostra movimento no bairro durante as festas

Cr�ticas � universidade

Tamb�m morador do bairro, o engenheiro Carlos Alberto Carvalho, de 56 anos, confirma os problemas, que podem ser vistos da janela de seu apartamento, e afirma que, al�m da aus�ncia de interven��o do poder p�blico, a pr�pria PUC � omissa na solu��o dos transtornos. “A universidade pode at� n�o ser a promotora dessas festas, mas os alunos que v�m aqui est�o no bairro por causa da institui��o. Outros s�o convidados via redes sociais, sem nenhum controle. A dire��o precisa atuar tamb�m junto � comunidade, o que n�o tem feito”, afirmou, criticando a nota enviada � imprensa pela institui��o no s�bado, na qual a PUC afirma manter di�logo com a popula��o do entorno. Ontem, por meio do pr�-reitor de Log�stica e Infraestrutura, R�mulo Albertini, a institui��o informou que tamb�m est� preocupada com a situa��o e se comprometeu a liderar um movimento junto ao poder p�blico para enfrentar o problema, al�m de procurar a comunidade.


O tenente Rafael Botelho afirmou que a reclama��o da comunidade � justa, diante das v�rias infra��es, delitos e acidentes que foram registrados na �ltima festa. “Atendemos dentro da capacidade do nosso efetivo. Conduzimos pessoas por diversas ocorr�ncias de agress�o. Houve tamb�m um grave acidente de tr�nsito, em que o motorista bateu em cinco ve�culos, quase atropelou uma pessoa e correu risco de ser linchado. Emitimos muitas multas de tr�nsito e realizamos pris�es. Mais tarde, houve refor�o, com policiamento especializado”, afirmou. A corpora��o informou que vai refor�ar o monitoramento de calouradas.

O Estado de Minas tentou contato com representantes da Prefeitura de BH e com a BHTrans, mas ningu�m foi localizado. O dono do Bar do Kareca tamb�m foi procurado, mas n�o atendeu �s liga��es da reportagem.


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