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Estado de Minas

Hotel invadido por manifestantes perde h�spedes e contabiliza preju�zos

Repress�o aos protestos contra o reajuste tarif�rio encurralou participantes do movimento dentro do hotel e deixou clientes assustados


postado em 14/08/2015 06:00 / atualizado em 14/08/2015 07:24

Movimento de policiais armados, que invadiram imóvel para prender manifestantes em fuga, assustou clientes e funcionários(foto: Marcos Vieira/E.M/D.A/Press / Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Movimento de policiais armados, que invadiram im�vel para prender manifestantes em fuga, assustou clientes e funcion�rios (foto: Marcos Vieira/E.M/D.A/Press / Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Dia de contar preju�zos e h�spedes que se foram no Hotel Sol Belo Horizonte, que durante o conflito desencadeado por protesto contra o aumento de passagens se transformou em ref�gio para os manifestantes e, depois, em quartel para policiais. O estouro de ativistas por de tr�s de nuvens de g�s e clar�es de bombas amedrontou tanto os clientes do estabelecimento que metade deles pediu para fechar as contas nessa quinta-feira, um dia depois do epis�dio em que cerca de 60 pessoas buscaram abrigo no im�vel da Rua da Bahia, no Centro de BH.

A repress�o aos protestos contra o reajuste tarif�rio encurralou participantes do movimento dentro do hotel, provocando quebradeira, desordem e preju�zos ao estabelecimento, ao mesmo tempo em que levou medo aos funcion�rios que trabalhavam no in�cio da noite de quarta-feira. “Pensei que ia me machucar. S� pensava em n�o cair e em n�o deixar ningu�m ca�do, porque o p�nico foi tanto que o risco de ser pisoteado foi muito grande”, disse a gestora financeira do estabelecimento, Patr�cia Antunes.

A invas�o de manifestantes buscando ref�gio ocorreu em duas levas. A primeira desceu pela rampa da garagem do edif�cio e arrombou um port�o eletr�nico que estava trancado. A segunda avan�ou pelas portas frontais, onde um cord�o de funcion�rios tentou em v�o impedir o acesso, mas n�o resistiu ao desespero dos homens e mulheres que corriam da pol�cia. Todas essas a��es foram registradas pelo circuito interno do hotel. “A pol�cia chegou logo em seguida e n�o pediu licen�a para entrar. Com as armas na m�o, mandaram que todos se deitassem e depois que s� se levantasse quem fosse funcion�rio”, lembra Patr�cia.

Em seguida, segundo relato de funcion�rios, os militares do Batalh�o de Choque pediram para que funcion�rios os acompanhassem em uma varredura pela parte interna do estabelecimento. “V�rios manifestantes tentaram se esconder. Subiram para os sal�es, para as escadas e at� no banheiro se esconderam”, afirma o gerente comercial, Alexandre Ribeiro.

Nessa quinta-feira, os rastros da a��o que acabou com 60 detidos ainda podiam ser vistos. Nos dois sal�es de reuni�es, toalhas de mesa ficaram espalhadas, cadeiras e mesas, tombadas e portas, escancaradas. O port�o da garagem foi quebrado depois de ser for�ado por manifestantes. O banc�rio Joviano Duque Pinheiro, de 51 anos, natural de Centralina, no Tri�ngulo Mineiro, e que est� morando no hotel, conta que do edif�cio do banco onde trabalha conseguiu ver a manifesta��o. “Preferi esperar que a coisa esfriasse para retornar. A gente fica preocupado quando v� uma confus�o dessas, com pol�cia atirando bombas. Mas acho que a PM agiu certo: apesar de concordar com a causa dos manifestantes, esse neg�cio de fechar ruas n�o pode ser assim, n�o”, disse o h�spede.

De acordo com o gerente comercial do hotel, a ocupa��o no momento em que os manifestantes entraram era de 80%. “Nosso perfil � de executivos de outras cidades e estados que v�m durante a semana se hospedar para trabalho ou eventos. Certamente essa confus�o vai trazer preju�zos com os clientes”, lamenta. (Colaborou Landercy Hemerson)


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