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Estado de Minas

Interven��es do Mobicentro se arrastam e atrapalham pedestres

Contestada, licita��o da BHTrans para dar agilidade �s mudan�as � suspensa


postado em 19/08/2015 06:00 / atualizado em 19/08/2015 10:40

Na esquina da Avenida Afonso Pena com Tubinambás, pedestres passam no meio do canteiro de obras e o lixo se acumula nas valas abertas(foto: Fotos: Túlio Santos/EM/D.A PRESS )
Na esquina da Avenida Afonso Pena com Tubinamb�s, pedestres passam no meio do canteiro de obras e o lixo se acumula nas valas abertas (foto: Fotos: T�lio Santos/EM/D.A PRESS )

Pedestres e motoristas que frequentam o Hipercentro de Belo Horizonte est�o preocupados com o ritmo das obras de reorganiza��o do tr�nsito no trecho formado por tr�s esquinas: Afonso Pena com Tupinamb�s, Afonso Pena com Curitiba e Curitiba com Tupinamb�s. A previs�o inicial de 15 dias de reformas no local n�o se concretizou. Passados 22 dias da primeira martelada, o avan�o ainda � pouco vis�vel, bem diferente dos transtornos. Pedestres passam no meio do canteiro de obras, o lixo se acumula nas valas abertas e os transeuntes perderam acessos antigos ainda sem ganhar novos. Uma fonte da BHTrans ouvida pela reportagem admite dificuldades para tocar as obras por conta da estrutura menos robusta da empresa respons�vel, a Construtora Alvarenga Santos. Um dos caminhos que a BHTrans busca para tentar ser mais �gil � uma licita��o espec�fica para as obras do Mobicentro, mas o edital foi suspenso ontem devido a questionamentos e impugna��es dos participantes. Apesar disso, a BHTrans diz que n�o h� problemas, j� que existe um contrato que garante todas as obras necess�rias para o tr�nsito da capital.

As modifica��es em quest�o fazem parte da segunda fase do Mobicentro no eixo Afonso Pena, cujas interven��es come�aram em 28 de julho. A previs�o inicial de conclus�o era 11 de agosto, mas ontem o cen�rio era de muito trabalho pendente. Na Curitiba com Afonso Pena, os avan�os ainda s�o pouco vis�veis. As valas indicam a nova geometria, mas o que se v� s�o entulhos que servem para juntar outros tipos de lixo, como peda�os de espelho amontoados. J� na Afonso Pena com Tupinamb�s, houve a retirada da faixa de pedestres antiga. Por�m, como n�o h� uma nova, as pessoas continuam atravessando no caminho antigo, que as direciona para a rua e n�o para o passeio. “Nesse ponto n�s temos que redobrar a aten��o. Sempre tenho que desviar de algum pedestre”, diz o taxista Jorge Augusto Rodrigues, de 23 anos, que critica a situa��o da obra que se arrasta, mas elogia as invers�es do tr�nsito, que est� fluindo melhor, segundo ele.

J� na esquina de Afonso Pena e Tupinamb�s, uma das frentes de obra est� aberta para ampliar a cal�ada. Como os carros agora entram na Tupinamb�s e n�o mais saem dela, � necess�rio mudar o formato da curva, avan�ando o passeio. Nesse peda�o, os pedestres andam no meio do canteiro de obras, o que preocupa a auxiliar administrativa Queila Marques, de 29 anos. “� claro que a gente tem a obriga��o de olhar onde est� andando. Mas, na correria da rotina, tem hora que eu me distraio e me assusto quando passo nesse peda�o. �s vezes tem alguma pedra solta”, diz.

Na esquina de Tupinamb�s com Curitiba, um dos problemas da obra que se arrasta � a amplia��o da cal�ada sem a prote��o de tela. O desenho da travessia joga as pessoas nesse ponto, ainda irregular pela falta de concreto. Dona de uma papelaria bem em frente, Cl�udia Volpini reclama da situa��o. “Essa obra ilustra bem a falta de capacidade de gest�o e planejamento. Eles abrem v�rias frentes de obras em v�rias esquinas e n�o d�o conta de tocar tudo ao mesmo tempo, prejudicando v�rios comerciantes”, afirma. Ela lembra que as interven��es tamb�m atrapalham a vida de pessoas que fazem tratamento na Associa��o Mineira de Reabilita��o (AMR), que fica no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul da capital. “Esse trecho � passagem entre o Move e o ponto de �nibus da Afonso Pena que vai para a AMR. Frequentemente meus funcion�rios precisam ajudar cadeirantes que n�o conseguem passar”, completa.

As intervenções, que deveriam durar 15 dias, já ultrapassaram o prazo e ainda não há data para a conclusão: risco para quem anda a pé(foto: Fotos: Túlio Santos/EM/D.A PRESS )
As interven��es, que deveriam durar 15 dias, j� ultrapassaram o prazo e ainda n�o h� data para a conclus�o: risco para quem anda a p� (foto: Fotos: T�lio Santos/EM/D.A PRESS )

Lentid�o repetida
Uma fonte da BHTrans confirmou � reportagem que a obra segue devagar por quest�es de estrutura da empresa respons�vel, que n�o tem condi��es de avan�ar de forma r�pida em todas as frentes ao mesmo tempo, diminuindo o ritmo. Em abril, o Estado de Minas mostrou que a obra da primeira fase do eixo Afonso Pena do Mobicentro, nas ruas Esp�rito Santo e Tupis, arrastava-se da mesma forma. A respons�vel tamb�m foi a Alvarenga Santos. A reportagem procurou a construtora, mas ningu�m foi encontrado para comentar o caso. Um dos funcion�rios ouvidos informou que a firma tem encontrado muita interfer�ncia para realizar os servi�os, principalmente no que se refere ao remanejamento de tubula��es subterr�neas de v�rios tipos. Outro problema seria a complexidade das pedras usadas nos meios-fios tombados pelo patrim�nio municipal, que s�o muito pesadas e demandam a presen�a de m�quinas para serem movidas. “Nossa conversa com a BHTrans � para terminar a obra at� dia 30. Vamos refor�ar a equipe e intensificar as a��es nos fins de semana para dar conta”, afirma.

A BHTrans afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que o adiamento do edital exclusivo para as obras do Mobicentro n�o preocupa, j� que o contrato em vigor para tocar as obras no tr�nsito da cidade garante todas as interven��es que forem projetadas para reorganizar o tr�fego no Centro de Belo Horizonte. A empresa sustenta que a interrup��o foi determinada para esclarecer pontos levantados pelos participantes e o certame dever� ser retomado. Sobre as interven��es da fase 2 do Mobicentro na Afonso Pena, a empresa prometeu refor�ar a seguran�a nos locais apontados pela reportagem, mas preferiu n�o firmar novo prazo.

Reorganiza��o 


O Mobicentro � um programa de reorganiza��o do tr�nsito na Regi�o Central de Belo Horizonte desenvolvido pela BHTrans com o objetivo de aumentar a seguran�a dos pedestres nas travessias. Muitas das modifica��es previstas foram pensadas para reduzir os tempos de sem�foro de tr�s est�gios para dois, aumentando o per�odo destinado � circula��o do transeunte em um cruzamento. Desde outubro de 2013, o projeto j� viabilizou 21 modifica��es. Assim que as obras da Avenida Afonso Pena com as ruas Curitiba e Tupinamb�s forem conclu�das, est�o previstas mais duas mudan�as. Uma � reordena��o do tr�fego no cruzamento das avenidas Get�lio Vargas e Afonso Pena com a Rua Cl�udio Manoel, no Bairro Funcion�rios, Centro-Sul da capital. A outra � uma modifica��o no cruzamento da Avenida Amazonas com a Rua Araguari, Bairro Santo Agostinho, na mesma regi�o. O projeto conta com financiamento de R$ 50 milh�es da Ag�ncia Francesa de Desenvolvimento (AFD) por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).


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