
O julgamento teve aproximadamente dez horas de dura��o. O delegado respons�vel pelas investiga��es, Emerson Moraes, do Departamento de Investiga��es de Homic�dios e Prote��o � Pessoa de Belo Horizonte (DHPP), foi a �nica testemunha a ser ouvida. As outras foram dispensadas pela defesa e pela acusa��o.
Durante o depoimento, o delegado afirmou que o r�u se apresentava como policial civil e tinha acesso livre � delegacia de Ipatinga. Assim como o acusado, Walgney de Carvalho era visto constantemente na unidade da pol�cia judici�ria em raz�o da atividade profissional que exercia, segundo o delegado. Emerson contou que Pitote teve acesso �s declara��es do fot�grafo sobre a morte de Rodrigo Neto por conta da proximidade com a pol�cia. Um dos jurados perguntou ao delegado se essa situa��o � comum e disse que n�o.
Depois do depoimento, Alessandro foi chamado para dep�r, por�m, preferiu n�o responder as perguntas do juiz, da acusa��o e nem do advogado que o defende. Em seguida, ambas as partes abriram os debates, que terminaram por volta das 18h30.
O conselho de senten�a, formado por seis homens e uma mulher, reconheceu a materialidade e a autoria do assassinato.
O crime
Os assassinatos de Rodrigo e Walgney t�m liga��o com um grupo de exterm�nio que agia na regi�o e que os jornalistas estavam investigando. O rep�rter, que trabalhava com o fot�grafo, denunciou o envolvimento de policiais na s�rie de assassinatos.
Rodrigo, que trabalhava numa r�dio em Ipatinga, preparava uma s�rie de reportagens para marcar seu retorno a um jornal da cidade, em que apresentava novas evid�ncias de envolvimento de policiais em assassinatos. Na madrugada de 8 de mar�o, entretanto, ele foi executado com tr�s tiros no Bairro Cana�, em Ipatinga.
Pouco mais de um m�s, em 14 de abril, Walgney foi morto a tiros, em um pesque e pague em Coronel Fabriciano. Ele havia revelado que conhecia detalhes sobre a morte do colega. De acordo com as investiga��es, Pitote foi at� um pesque pague em Coronel Fabriciano onde a v�tima costumava frequentar. Com um rev�lver calibre 38, a mesma utilizada no assassinato de Rodrigo, o homem se aproximou da v�tima com os rosto coberto e atirou. O fot�grafo foi atingido na cabe�a e no t�rax.