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Estado de Minas

Tecnologia desenvolvida por ex-aluno de universidade mineira � vendida por R$1,5 bilh�o

Kit comprado pelo laborat�rio Roche permite diagn�stico bacteriano em menos de tr�s horas em hospitais


postado em 03/09/2015 16:51

(foto: Quinho)
(foto: Quinho)

No m�s passado, a unidade global dos laborat�rios Roche comprou, por cerca de R$ 1,5 bilh�o, a tecnologia de um kit de diagn�stico bacteriano e de susceptibilidade �s microbact�rias para ser usado em hospitais. O neg�cio coroa uma escalada no mundo da produ��o cient�fica e do empreendedorismo que come�ou a ser cultivada anos atr�s nas salas de aula e laborat�rios da Universidade Federal de Vi�osa. Foi l� que o brasileiro Leonardo Maestri Teixeira, que desenvolveu o teste bilion�rio com o colega e s�cio argentino Diego Rey, deu os passos acad�micos que o levariam ao doutorado no Departamento de Microbiologia da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde fundou a empresa Geneweave, que fechou o neg�cio com a companhia su��a.

De acordo com Leonardo, graduado em Ci�ncia e Tecnologia de Latic�nios e mestre em Microbiologia Agr�cola pela UFV, a ideia que levou � cria��o do teste come�ou a ser gestada em 2007 durante uma disciplina do doutorado em microbiologia nos Estados Unidos. Mas a forma��o na UFV foi relevante para o salto. Ele conta que a professora C�lia Alencar de Morais, que o acompanhou desde o in�cio dos estudos, sempre ressaltava a import�ncia de mesclar as duas vis�es cient�fica e empreendedora. “Sem a orienta��o da professora C�lia e sem a guia dela, eu n�o teria ido para a Universidade de Cornell nem tido esse tipo de interesse”, revelou. A gratid�o fez com Leonardo fosse abra�ar pessoalmente a orientadora, logo ap�s o neg�cio com o laborat�rio internacional ter sido fechado.

Nos Estados Unidos, ele e o colega argentino, Diego Rey, pensaram em abrir uma empresa. A startup foi registrada para participar de uma competi��o de plano de neg�cios. O pensamento inicial era criar tecnologia que pudesse ser usada no diagn�stico da tuberculose. Por�m, os dois acabaram sendo aconselhados por um consultor a mudar o foco das a��es. “Nesse mercado, que j� � muito fragmentado, seria melhor investir em algo que tivesse possibilidade maior de aplica��o”. O foco escolhido por eles acabou sendo a infec��o hospitalar. S� nos Estados Unidos, onde o trabalho foi desenvolvido, cerca de 23 mil pessoas morrem de infec��o por ano.

Leonardo Maestri (D) e seu sócio, o argentino Diego Rey: escalada de sucesso começada na graduação e mestrado na UFV(foto: Arquivo Pessoal)
Leonardo Maestri (D) e seu s�cio, o argentino Diego Rey: escalada de sucesso come�ada na gradua��o e mestrado na UFV (foto: Arquivo Pessoal)
Os primeiros investimentos na empresa come�aram a ocorrer ainda em 2007. O investidor aplicou US$ 1,2 milh�o durante um ano. Nessa etapa, conta Leonardo, a empresa ficou incubada em San Rose, no Vale do Sil�cio. “No final do prazo, para n�o atrasar, a gente dormia duas, tr�s horas por noite para conseguir entregar o que foi prometido”, conta. Na sequ�ncia do desenvolvimento do projeto, o aporte financeiro dos investidores foi maior. A empresa do brasileiro recebeu US$ 12 milh�es. Foi com esse investimento que ele e o s�cio puderam partir para o desenvolvimento dos equipamentos e da tecnologia. Em 2014, eles colocaram a tecnologia em teste pr�tico, dentro dos hospitais.

Negocia��o Al�m de desenvolver a tecnologia e os equipamentos, a inten��o de Leonardo e do s�cio foi de comercializar o produto. Partindo dessa inten��o, eles come�aram a participar de feiras e eventos voltados para esse tipo de mercado. Mas faltava a eles o conhecimento da negocia��o. “N�s contratamos um CEO para nos ajudar a negociar o produto”, conta.

As negocia��es com a Roche que resultaram na transa��o bilion�ria come�aram a ocorrer em meados do m�s de maio e se estenderam por cerca de tr�s meses. A conclus�o s� ocorreu em agosto. Foram repassados 40% do valor � vista e os outros 60% ser�o divididos nos pr�ximos tr�s anos. Leonardo, que tamb�m � diretor-presidente do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), com sede em Sergipe, diz que n�o ficou bilion�rio. Segundo ele, os valores s�o divididos entre todos os investidores e total n�o fica com ele. “Nossa vis�o desde o in�cio foi fazer o neg�cio dar certo, focando no aprendizado. Sab�amos que havia o risco, mas sempre fomos muito transparentes com as informa��es, n�o s� entre n�s, mas com os investidores tamb�m. Isso facilitou a capta��o dos recursos”, comenta.

A tecnologia desenvolvida por eles permite que pacientes, visitantes e colaboradores das unidades de sa�de recebam, em menos de tr�s horas, diagn�stico do tipo de micro-organismo a que foram expostos e medicamento a que ele resiste.


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