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Estado de Minas

Minist�rio P�blico vai pedir pris�o preventiva de PMs envolvidos na morte de adolescente

Jovem foi baleado nas costas durante persegui��o policial na noite de segunda-feira. Caso � investigado pela Promotoria de Justi�a de Direitos Humanos, que vai apurar a conduta dos agentes


postado em 16/09/2015 15:27

O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) vai pedir a pris�o preventiva dos dois policiais respons�veis pela morte do garoto Hugo Vin�cius Braz, de 14 anos, na noite de segunda-feira, no Bairro Pomp�ia, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. "Sendo decretada a pris�o preventiva � desnecess�ria uma atitude paralela, como pedir o afastamento dos militares", considera a promotora Jana�na de Andrade Dauro, da Promotoria de Justi�a de Direitos Humanos, Apoio Comunit�rio, Conflitos Agr�rios e Fiscaliza��o da Atividade Policial.

A promotora abriu um procedimento para investigar o caso nessa ter�a-feira e a apura��o ser� focada em tr�s aspectos. O primeiro, ser� verificar as circunst�ncias da morte do garoto. A segunda, apurar como feita a condu��o da testemunha, de 17 anos. "Se ele foi levado ao batalh�o isso viola a regra da PM e tamb�m o Estatuto da Crian�a e do Adolescente", pontua a promotora. A terceira linha que ser� investigada pela promotoria � saber o motivo dos policiais que participaram da opera��o n�o terem se apresentado a Pol�cia Civil.

No vel�rio do jovem, que acontece desde a manh� desta quarta-feira, o clima de revolta, tristeza e medo tomou conta do ambiente. Quem convivia com o adolescente, diz que ele gostava de ficar de conviver com os colegas na rua. “Era um menino que tinha costume de chegar com amigos na esquina, era moleque de pegar traseira, brincar com bola e tamb�m com arma de brinquedo”, conta um parente. Para uma testemunha que presenciou o fato, a atitude da pol�cia foi covarde. “O tiro foi nas costas. N�o ouvi em nenhum momento algu�m pedir para ele levantar as m�os, s� ouvi os disparos”, relata.

O local do vel�rio estava vazio, com pouco mais de 20 pessoas que evitavam comentar o caso, por temerem repres�lias. “Estamos com medo, mas queremos que a morte dele seja investigada, que as devidas provid�ncias sejam tomadas”, disse um dos familiares. O corpo do rapaz deve ser enterrado nesta quarta-feira, �s 16h30, no Cemit�rio da Saudade.

Entenda o caso

Segundo o boletim de ocorr�ncia da Pol�cia Militar, agentes da corpora��o seguiam para o Bairro Jonas Veiga, onde atenderiam a um chamado de roubo de moto. Durante o caminho, os policiais viram quatros pessoas na esquina da Rua Juramento com a Rua Iara. Conforme a pol�cia, o grupo percebeu a chegada dos militares e tentou se esconder atr�s de um poste e uma �rvore.

Em seguida, os rapazes come�aram a correr e foram seguidos pelo sargento e o cabo. Ambos disseram que, durante a fuga, os rapazes fizeram movimentos com as m�os, simulando estarem armados. H.V. B. S. buscou abrigo atr�s de um caminh�o que se encontrava estacionado na Rua Veredinha, pr�ximo da Rua Iara. Os militares, ent�o, seguiram no encal�o do adolescente e deram ordem de parada para abordagem e busca pessoal.

De acordo com o boletim de ocorr�ncia, o menor desobedeceu aos PMs e continuou a fugir, seguindo na dire��o da Avenida Bel�m. Em um certo momento, o garoto sacou uma arma, que era uma r�plica de uma pistola, e os militares ordenaram que ele soltasse o objeto. O menor ent�o teria apontado a arma na dire��o dos PMs, que revidaram a amea�a e atiraram. Um dos disparos acertou as costas do menor. O B.O informa ainda que militares socorreram o garoto e o levaram para o Hospital Jo�o XXIII, onde ele morreu.

Um adolescente que estava na companhia do menor foi apreendido na casa dele, no Bairro Pomp�ia. Conduzido ao Centro Integrado de Atendimendo ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), ele relatou que o menor o chamou para roubar telefones celulares no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul, mas, por receio, ele recusou o convite. � pol�cia, a testemunha contou que n�o viu o menino ser baleado pelos militares. A arma usada pela pol�cia na ocorr�ncia foi recolhida.

Em nota, o comando do 22º Batalh�o disse que os militares continuam presos e uma c�pia o auto do pris�o foi encaminhada � Promotoria de Direitos Humanos.


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