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Estado de Minas

Constru��o de novas linhas do metr� de BH continua sem data para come�ar

Usu�rios do metr� come�am a usar um dos 10 trens modernos comprados pela CBTU e aprovam conforto, mas cobram promessa de expans�o. Obras n�o t�m data para come�ar


postado em 18/09/2015 06:00 / atualizado em 18/09/2015 07:45

Novos trens custaram R$ 171,9 milhões: funcionamento do ar-condicionado e espaço maior foram elogiados por usuários(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Novos trens custaram R$ 171,9 milh�es: funcionamento do ar-condicionado e espa�o maior foram elogiados por usu�rios (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)

Belo Horizonte ganhou refor�o de 40% na frota de trens da linha 1 do metr� (Eldorado/Vilarinho) e, agora, al�m das atuais 25 composi��es, passa a contar com 10 novos trens de superf�cie. Os ve�culos modernos, com ar-condicionado, mais espa�osos e com os quatro vag�es interligados, t�m circuito de monitoramento por c�meras e sonoriza��o digital das mensagens de informa��o aos usu�rios. O ar futurista dos ve�culos de formas arredondadas, al�m dos diferenciais em rela��o aos carros antigos, impressionou usu�rios ontem, segundo dia de opera��o com passageiros. A inaugura��o ocorreu com uma composi��o e a segunda deve operar a partir de hoje. Embora tenham aprovado os vag�es, usu�rios voltaram cobrar a antiga promessa de constru��o de novas linhas, ainda sem data de in�cio das obras.


Os 10 trens, que custaram R$ 171,9 milh�es, s�o o primeiro investimento em composi��es no metr� da capital desde 2001. Em quase 30 anos de opera��o, desde 1986, a cidade conta com apenas uma linha de 28,1 quil�metros. Dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) mostram que cerca de 230 mil pessoas s�o transportadas diariamente pelo metr� em BH. Com os novos vag�es que t�m capacidade para levar at� 1,3 mil pessoas – contra 1.026 levados pelos carros antigos –, a expectativa � aumentar para at� 350 mil o total de passageiros transportados a cada dia. Mas, chegar � meta de quase 1 milh�o de pessoas transportadas diariamente, como prev� a CBTU, ainda � um desafio.

O aumento depende da amplia��o da linha 1, que vai adequ�-la para ser interligada a outros tr�s ramais previstos: linha 2 (Barreiro/Nova Sui�a); linha 3 (Lagoinha/Savassi) e linha 4 (Novo Eldorado, em Contagem, ao munic�pio de Betim, ambos na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte). J� houve libera��o de recursos para os projetos e os estudos est�o prontos, de acordo com a Metrominas, empresa estadual criada para planejar, implantar, operar e explorar os servi�os de transporte de passageiros sobre trilhos na RMBH. As obras, por�m, n�o t�m previs�o.

Em meio ao cen�rio de cortes nas receitas previstas no Or�amento da Uni�o – a pasta das Cidades foi a mais afetada, com bloqueio de R$ 17,2 bilh�es –, o ministro Gilberto Kassab admitiu em junho que, em 2015, muitos gastos da pasta seriam adiados para os pr�ximos anos, o que ele chamou de “deslizamento nos investimentos”. Quando inclu�da no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), em 2011, a obra de melhorias da linha 1 do metr� de BH era esperada para este ano, enquanto a conclus�o das demais linhas deveria ocorrer at� 2017. Com a mudan�a no cen�rio econ�mico, nenhuma das duas datas tem sido mais considerada.

Questionados ontem sobre a abertura dos canteiros de obra para alavancar o metr�, os �rg�os envolvidos com o assunto n�o informaram o novo cronograma. Segundo o Minist�rio das Cidades, n�o haveria tempo h�bil ontem para apurar dados sobre o assunto. A Metrominas informou ser respons�vel apenas pelos projetos, enquanto a CBTU destacou que os projetos de amplia��o est�o sendo tratados diretamente pelos dois outros �rg�os.

(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)

Enquanto n�o h� previs�o para expans�o do sistema, passageiros avaliam que os vag�es v�o amenizar alguns dos problemas enfrentados diariamente, mas esperam outras melhorias. “O ar-condicionado vai fazer muita diferen�a. H� sempre superlota��o e calor”, afirmou a gerente de vendas Lilian Cristina Cassimiro Gon�alves, de 30 anos. Usu�ria do transporte p�blico, ela deixa o carro em casa para ir trabalhar. Ela reclama, por�m, dos poucos trajetos. “Por sorte, moro e trabalho em uma �rea atendida. Mas todo o restante, fora das margens da �nica linha existente, fica sem o servi�o”, diz. A costureira Maria de F�tima Nogueira, de 49, por sua vez, prefere esperar para avaliar o servi�o nos hor�rios de pico – atualmente, os testes s�o feitos em momentos de menor movimento. “Ser� que v�o de fato resolver o sufoco que a gente passa todo dia com esses trens abarrotados?”, perguntou.

Os novos trens chegaram a BH em novembro do ano passado e desde ent�o passavam pela fase de testes. As primeiras viagens come�aram � noite e, no in�cio de setembro, durante o dia, com sacos de areira para simula��o de carga. Ontem teve in�cio o funcionamento para transporte de passageiros. No quesito acessibilidade, o trem conta com assentos preferenciais para gestantes, idosos, obesos e passageiros com mobilidade reduzida, al�m de �rea reservada a usu�rio com cadeira de roda, que tem um sistema de comunica��o direta com a cabine do maquinista.


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