
A mineradora Samarco ter� de construir nova esta��o de tratamento de �gua em Galileia, de 7 mil habitantes, munic�pio carente do Leste do Estado, que, como outras pequenas cidades da regi�o, passou a enfrentar s�rios problemas de abastecimento depois que ficou impedido de fazer a capta��o Rio Doce. A implanta��o da nova ETE foi acertada na tarde de ontem, em reuni�o entre representantes do Minist�rio P�blico, prefeitura e da empresa. Por causa das dificuldades no abastecimento, o munic�pio enfrenta um surto de aumento de casos de diarreias e v�mitos, devido ao consumo de �gua de m� qualidade por parte da popula��o.
Ap�s o ajuizamento de uma a��o civil pelo Minist�rio P�blico Estadual, na semana passada, a Justi�a determinou que a mineradora deve garantir o abastecimento emergencial da cidade. Entre outras medidas, entregar 1,5 milh�o de litros de �gua pot�vel por dia, fornecer seis caminh�es-pipa e disponibilizar 30 reservat�rios de 30 mil litros de �gua cada um, al�m de distribuir 4.600 gal�es (20 mil litros) de �gua mineral por semana.
Mas a Prefeitura de Galileia reclamou que a Samarco n�o vinha atendendo a ordem judicial, com os moradores enfrentando s�rias dificuldades com a falta d �gua. Por isso, o MPE realizou reuni�o entre os representantes da empresa e do Executivo para discutir as medidas. O abastecimento da cidade � administrado pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (SAAE), da Prefeitura.
De acordo com o procurador do munic�pio, Amarildo Fernandes Teles, ficou acertado que a Samarco ter� de assumir seu compromisso em car�ter emergencial – a �gua � buscada no munic�pio vizinho de Conselheiro Pena (a 40 quil�metros). Ele explicou ainda que a esta��o de tratamento da cidade � muito antiga e n�o tem como tratar a �gua do Rio Doce, atingida pela lama de rejeitos. Por isso, a mineradora dever� construir uma esta��o de tratamento na cidade.
A secret�ria de Sa�de de Galileia, Marim�rcia Gon�alves Santos, informou que continua fazendo o monitoramento dos casos de diarreias e v�mitos. “As pessoas de baixa renda e de pouca instru��o passaram a consumir �gua retirada de cisternas e c�rregos de qualquer jeito, sem tratamento. Da�, surgiram esses casos”.
De acordo com a secret�ria, somente na quinta-feira 15 pessoas apresentaram o problema. “Esse n�mero j� � alto diante da nossa capacidade de atendimento”, alegou Marim�rcia. Ela relatou que a estrutura local se resume a um pequeno hospital, que se equivale a um posto de sa�de. Por�m, a preocupa��o maior � com um poss�vel o aumento dos casos, j� que o estoque de soro reidratante e fisiol�gico, que era pequeno, acabou. “Comuniquei o fato � Secretaria de Estado de Sa�de, que ficou de nos ajudar”.