(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

"� uma certeza que n�o queria ter, n�?", diz mulher ap�s reconhecer irm�o

Irm� reconhece terceirizado da Samarco Mateus Fernandes como v�tima do desastre em Mariana, mas pol�cia aguarda exames para confirmar identifica��o


postado em 27/11/2015 06:00 / atualizado em 27/11/2015 08:25

Jaqueline e Israel, irmãos de Mateus Márcio Fernandes (no detalhe, à direita), chegam ao Cemitério de Santana, em Mariana, para reconhecer o corpo(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Jaqueline e Israel, irm�os de Mateus M�rcio Fernandes (no detalhe, � direita), chegam ao Cemit�rio de Santana, em Mariana, para reconhecer o corpo (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
"� uma certeza que eu n�o queria ter, n�?". Foi assim que Jaqueline Aparecida Fernandes, de 31 anos, descreveu o que sentia logo depois de deixar a sala de necr�psia da Pol�cia Civil, no Cemit�rio Santana, em Mariana, na tarde de ontem. Ela acabara de reconhecer o irm�o Mateus M�rcio Fernandes, de 29 anos, como mais uma das v�timas do rompimento da Barragem do Fund�o. O corpo do rapaz, funcion�rio de uma empresa que prestava servi�os para a mineradora Samarco, foi achado no dia anterior pelos bombeiros.

Sem conter as l�grimas, a mais velha dos seis irm�os da fam�lia disse � pol�cia ter certeza de que o corpo era do irm�o. “� meu irm�o. Nunca vou esquecer. S�o muitas lembran�as boas que a gente viveu juntos”, comentou. Familiares mencionaram uma tornozeleira e a arcada dent�ria como determinantes para a identifica��o de Mateus. Apesar disso, a Pol�cia Civil informou que aguarda o resultado de exames para considerar oficialmente Mateus como v�tima da trag�dia. Em comunicado, a corpora��o sustenta que n�o � poss�vel afirmar ainda se a morte tem rela��o com o rompimento da barragem.

Caso ocorra confirma��o, subir� para nove o n�mero de v�timas identificadas e ainda restar�o 10 pessoas desaparecidas (sete que prestavam servi�o para a mineradora e tr�s moradores de comunidades locais que tiveram os nomes informados por parentes). Outros quatro corpos encontrados est�o em processo de an�lise para reconhecimento e, segundo a Pol�cia Civil, dois dever�o ser liberados �s fam�lias hoje, ap�s a conclus�o do exame odontolegal e da identifica��o.

AN�LISES Em Belo Horizonte, o Instituto de Criminal�stica (IC) da Pol�cia Civil agiliza a fase de an�lises de DNA para identifica��o. Depois, ser� feita a confronta��o com o material de familiares de desaparecidos. “Esse trabalho n�o permite previs�o exata. O est�gio de conserva��o dos segmentos corp�reos normalmente exige seguidas repeti��es dos exames e h� casos em que o resultado sai em duas semanas e outros que demoram at� seis meses”, disse o diretor do IC, Marco Paiva, acrescentando que o laborat�rio busca resolver, paralelamente, os casos de Mariana e os da rotina.

As buscas ser�o mantidas, segundo os bombeiros. De acordo com os militares, o corpo encontrado na quarta-feira estava a cerca de 10 quil�metros da comunidade de Ponte do Gama, distrito de Mariana. O local � de dif�cil acesso e os 18 militares que trabalhavam no local contaram com o aux�lio de c�es farejadores. Desde o dia 20 de novembro, o posto de comando dos bombeiros e da Defesa Civil recebe familiares dos desaparecidos. Os parentes participam de reuni�es, tiram d�vidas e acompanham trabalhos dos militares. Muitos j� sobrevoaram as �reas devastadas pela lama junto com as equipes de resgate e salvamento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)