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Estado de Minas

Depoimentos refor�am falhas no plano emergencial para minimizar desastre em Mariana

Funcion�rios da Samarco foram ouvidos pelo Minist�rio P�blico Estadual. Especialista diz que plano de emerg�ncia consistente poderia minimizar impactos da trag�dia de Mariana


postado em 02/12/2015 06:00 / atualizado em 02/12/2015 07:32

Depoimentos de oito funcion�rios da Samarco, entre gerentes e analistas ouvidos pelo Minist�rio P�blico Estadual, refor�am a constata��o de promotores de que houve falhas da empresa na hora de planejar e de colocar em pr�tica o plano emergencial para minimizar os impactos do desastre de Mariana. A informa��o � do promotor Mauro Ellovitch, um dos integrantes da for�a-tarefa criada pelo MP mineiro para investigar causas e desdobramentos da trag�dia.

Para o professor Klemens Laschefski, integrante do Grupo de Estudo em Tem�ticas Ambientais da UFMG, um plano de emerg�ncia consistente poderia minimizar os impactos para pessoas e meio ambiente. “Pelo menos daria mais tempo de as pessoas sa�rem de suas casas, o que poderia reduzir a quantidade de v�timas. Tamb�m n�o houve nenhum tipo de preparo para lidar com os estragos ao longo do Rio Doce”, afirma.

Em 24 de novembro, o Estado de Minas mostrou que, se a Samarco tivesse adotado um plano de emerg�ncia h� seis anos, a provid�ncia teria salvado a vida de trabalhadores e de moradores de Bento Rodrigues, al�m de minimizar os impactos ao meio ambiente �s economias de Minas e do Esp�rito Santo. Em 2009, a RTI (Rescue Training International), contratada pela mineradora, elaborou um plano estrat�gico vasto, abrangendo unidades no Par�, no Esp�rito Santo e em Mariana. Nada foi colocado em pr�tica, conforme informou ao EM o diretor da RTI, Randal Fonseca.

A proposta inclu�a at� treinamento da popula��o para evacua��o de poss�veis locais atingidos por um rompimento de barragem, al�m de apontar a necessidade de obra civil, especialmente com rela��o aos diques das represas. Segundo Randal Fonseca, a negativa da mineradora em adotar o plano na �poca foi explicada pela crise econ�mica. Outro plano, menos completo, entrou no lugar. Em 2012, a RTI apresentou novo estudo, com informa��es complementares, como a retirada de cadeirantes das �reas de risco, mas o projeto tamb�m foi aposentado pela dire��o da mineradora.

Em abril do ano passado, a Samarco apresentou � Superintend�ncia Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel da Regi�o Central Metropolitana, vinculada � Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um plano de conting�ncia para caso de risco ou acidentes, especialmente com rela��o � comunidade de Bento Rodrigues. O documento, para autoridades ouvidas na semana passada pelo Estado de Minas, n�o surtiu efeito pr�tico, sendo “muito diferente do plano de emerg�ncia elaborado em 2009, que era mais completo”.

A Samarco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o plano de conting�ncia aprovado pelos �rg�os competentes foi cumprido integralmente pela empresa, que prontamente mobilizou Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Mariana. Em conjunto, esses �rg�os est�o realizando as a��es de resgate e aux�lio �s v�timas do acidente.


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