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Estado de Minas 118 ANOS

�s v�speras de mais um anivers�rio, BH festeja nas pra�as voca��o para conviv�ncia

Especial sobre o anivers�rio da cidade vai mostrar o relacionamento dos habitantes da capital com sua casa, seus locais preferidos, seus costumes e prefer�ncias


postado em 06/12/2015 06:00 / atualizado em 06/12/2015 08:08

A Praça da Liberdade é uma das referências em espaço público na cidade(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press)
A Pra�a da Liberdade � uma das refer�ncias em espa�o p�blico na cidade (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press)

Belo Horizonte, que completa 118 anos no pr�ximo s�bado, � carinhosamente conhecida por parte de seus moradores por preservar caracter�sticas interioranas. � uma maneira bem mineira de abordar certas peculiaridades da cidade, como a sensa��o de que � praticamente imposs�vel ir a algum lugar sem encontrar um conhecido. Mas o munic�pio virou metr�pole j� em seus primeiros 70 anos de vida e, de l� para c�, viu sua popula��o quase triplicar. N�o abandonou, por�m, costumes antigos, como o passeio com as crian�as, a leitura e o footing nas pracinhas, hoje repaginado sob a forma de pr�ticas como a de esportes. Apesar da correria do dia a dia, as pra�as da cidade triunfaram sobre o lazer indoor e mant�m a tradi��o de funcionar como pontos de encontro, confraterniza��o e relaxamento. � o que mostra o Estado de Minas na primeira de uma s�rie de sete reportagens sobre o relacionamento dos habitantes de BH com sua casa, seus locais preferidos, seus costumes e prefer�ncias.

H� 20 anos, o aposentado do Banco do Brasil D�cio Duarte de Moreira, 85 anos, � um dos frequentadores ass�duos da pra�a da Assembleia, como � mais conhecida a Pra�a Carlos Chagas, rec�m-revitalizada. Tr�s vezes por semana, ele faz caminhadas no local. Gosta de se sentar nos bancos, ficar na sombra e observar a vida acontecer enquanto l� um jornal. Moreira considera a pra�a “muito segura” e gostou muito da reforma. “Nunca vi um assalto ou um roubo aqui, mesmo antes da reforma. Mas, com a revitaliza��o, a pra�a ganhou espa�o e novos equipamentos para frequentadores de todas as idades.”

Prova disso est� nos acompanhantes de Alexandre Rosa de Camargos, de 38, t�cnico em latic�nios, que trabalha como gerente de Vendas. Morador do Bairro Nova Granada, ele sempre leva os filhos, Laura, de 2 anos e sete meses, e Jo�o Lucas, um ano e tr�s meses, para brincar na pra�a da Assembleia. “O lugar ficou mais seguro e confort�vel. Venho sempre aos domingos com as crian�as. O �nico problema aqui s�o os pre�os cobrados pelos vendedores ambulantes, mas isso faz parte”, conforma-se. Para ele, o maior desafio das pra�as da capital � a conserva��o do patrim�nio. “J� arrancaram um cavalinho e arrebentaram o cinto de seguran�a do balan�o das crian�as menores”, lamenta.

Sede do mais novo circuito cultural, a Praça da Liberdade é atração para visitantes como a fisioterapeuta Edna Lima e suas filhas Gabriela, Sofia e Ana Laura(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press)
Sede do mais novo circuito cultural, a Pra�a da Liberdade � atra��o para visitantes como a fisioterapeuta Edna Lima e suas filhas Gabriela, Sofia e Ana Laura (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A.Press)

E n�o d� para falar nesses pontos de encontro de Belo Horizonte sem lembrar que, por aqui, outro nome de pra�a � Liberdade. Que o diga a m�e de Gabriela, de 5, Sofia, de 3, e Ana Laura, de 1 ano e 9 meses, a fisioterapeuta Edna Martins de Lima, de 38. Na manh� de ontem, ela levou as crian�as para passear na sede do mais novo circuito cultural da cidade, na Regi�o Centro-Sul. Mesmo n�o sendo frequentadora ass�dua, ela diz que o lugar � muito bem cuidado, com jardins bonitos. “Gosto dos concertos e de exposi��es, como a Mostra Jorge dos Anjos. As crian�as reclamam que aqui n�o tem brinquedos, mas acredito que a Pra�a da Liberdade n�o � um local para isso. Tenho muito boas impress�es daqui”, comenta.

Da cultura para a tradi��o, o pipoqueiro Vicente de Paulo, de 57 anos, trabalha na Pra�a Duque de Caxias, em Santa Tereza, na Regi�o Leste de BH, h� 18 anos. Todos os dias ele bate ponto no local, a partir das 8h. Logo que chega, come�a a preparar pipoca, amendoim e coquinho. Nesse meio tempo, j� testemunhou muitos espet�culos e acredita que todos foram muito bons. “S� n�o gosto de chorinho”, pontua.
Na mesma regi�o, na Pra�a Floriano Peixoto, a aut�noma Maria da Concei��o Norberto, de 62 anos, moradora do Bairro Cachoeirinha, descansa e pensa na vida. “� aqui que reflito sobre o que devo ou n�o fazer. Esta pra�a nos d� a oportunidade de meditar e de pensar em quem est� longe, naqueles que est�o doentes no hospital e de fazer uma prece por eles”, diz.

Para ela, o local � um “reconforto”, ponto de alegria e medita��o. “Acho que essas palavras resumem o que sinto por esta pra�a. Se eu tivesse um namorado, seria para c� que viria com ele. A gente olha no entorno e sente a harmonia. Quem dera tiv�ssemos mais pra�as como esta. Se eu morasse aqui perto, acho que passaria mais tempo aqui do que na minha pr�pria casa. Voc� n�o est� vendo as cores? Lil�s, verde, laranja... � fant�stico”, declara. Para quem ainda n�o conhece as cores, fica o convite para conhecer mais esse atraente ponto de encontro dos belo-horizontinos.

O endere�o da diversidade

Fundada h� mais de 110 anos e revitalizada em 2010, a Pra�a Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efig�nia, tem tanta identifica��o com a cidade que j� foi conhecida como Pra�a Belo Horizonte. Foi em 1930 que o local foi batizado com o nome atual, uma homenagem pelo 35º ano de morte do ex-presidente que hoje lhe empresta o nome. Est� inclu�da na lista das 24 pra�as previstas na primeira planta da cidade e foi tombada pelo patrim�nio hist�rico e cultural da capital em 1994. Em sua reforma, foram recuperadas caracter�sticas originais, como o desenho dos canteiros e passeios, as �rvores e palmeiras, a configura��o paisag�stica e os bancos.

O projeto tamb�m trouxe elementos para atender �s necessidades dos frequentadores: foi o primeiro espa�o p�blico da capital a contar com brinquedos para crian�as cadeirantes, com tr�s op��es: um balan�o que permite o encaixe da cadeira de rodas, uma travessia mais baixa (ao alcance do cadeirante) e um painel com diferentes atividades.

Numa metr�pole cada vez mais verticalizada e com menos espa�o reservado para �reas verdes, � uma prova de que os belo-horizontinos est�o redescobrindo e mantendo vivos esses pontos de conviv�ncia de bairros tradicionais. O local tamb�m � conhecido como pra�a Santa Efig�nia ou pra�a do quartel, em raz�o da presen�a do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar. Com �rea de conviv�ncia, playground e local para realiza��o de eventos culturais, � um espa�o din�mico para receber crian�as e adultos.

 


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