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Estado de Minas

Ap�s alerta contra o zika v�rus, Minas registra caso de s�ndrome de Guillain Barr�

Diagn�stico, registrado na Zona da Mata, ser� investigado por autoridades de sa�de. Doen�a pode estar ligada ao zika


postado em 24/12/2015 06:00 / atualizado em 24/12/2015 07:26

A s�ndrome autoimune que, ao lado da microcefalia, espalha preocupa��o em rela��o ao zika v�rus no pa�s fez pelo menos uma v�tima em Minas ap�s o alerta do Minist�rio da Sa�de sobre a mais nova amea�a propagada pelo Aedes aegypti. Um adolescente de 16 anos, morador de Pedra Bonita, na Zona da Mata, foi diagnosticado com a s�ndrome de Guillain-Barr�, que, segundo autoridades sanit�rias, pode ser deflagrada pelo zika – transmitido pelo mosquito assim como a dengue, a febre amarela e a chikungunya. O dist�rbio afeta o sistema nervoso e ataca diretamente uma prote�na que reveste os nervos, retardando a velocidade da condu��o de est�mulos motores. A consequ�ncia � a paralisia muscular progressiva, que come�a nas pernas, mas pode subir para o tronco, bra�os e pesco�o, al�m de atingir m�sculos da face e da respira��o.



Apesar da mobiliza��o federal em rela��o � nova amea�a, a s�ndrome que afeta o sistema nervoso n�o tem notifica��o obrigat�ria, pois n�o h� um surto, na avalia��o do Minist�rio da Sa�de. � diferente do que ocorre com os casos de microcefalia, malforma��o em beb�s que tamb�m teve rela��o confirmada com o zika v�rus. Nesse caso, foi registrado um surto no Nordeste do Brasil, o que levou � determina��o de que os estados avisem o governo federal a cada novo diagn�stico. Em Minas, s�o 52 casos notificados de rec�m-nascidos nessa situa��o, em que a suspeita de rela��o com o zika est� sendo investigada. Na semana passada eram 33 registros.

O quadro de s�ndrome de Guillain-Barr� em Pedra Bonita foi diagnosticado na sexta-feira, quando um adolescente de 16 anos, morador da zona rural da cidade, deu entrada na Casa de Caridade de Carangola, com paralisia de movimentos nas pernas, bra�os e pesco�o. “Ele informou que os sintomas tinham come�ado tr�s dias antes de chegar ao hospital. Come�aram nas pernas, rapidamente atingiram o quadril, membros superiores e pesco�o. O diagn�stico do neurologista foi para S�ndrome de Guillain-Barr�, e n�s conseguimos uma vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Evang�lico de Carangola”, afirmou o m�dico Sidiner Mesquita Vaz, coordenador do CTI da Casa de Caridade de Carangola
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Segundo o m�dico, imediatamente a Ger�ncia Regional de Sa�de de Manhumirim (Zona da Mata), que faz parte da estrutura da Secretaria de Estado da Sa�de, foi comunicada, com o objetivo de fornecer, com a urg�ncia necess�ria, a medica��o de alto custo para o tratamento. O medicamento em quest�o � uma solu��o de imunoglobulina, um anticorpo injet�vel que visa � recupera��o da prote�na que reveste os nervos. O adolescente respondeu bem ao tratamento e ontem tomou a �ltima dose, recuperando os movimentos que tinha perdido. “O caso deve ser investigado pelas autoridades de sa�de, para determinar se existe alguma rela��o com o zika v�rus. O hist�rico do rapaz n�o traz nenhuma informa��o que possa estabelecer essa rela��o inicialmente”, completa Sidiner Mesquita Vaz. Apesar de j� ter apresentado melhoras significativas, o paciente segue internado em Carangola.

Para o professor da Faculdade de Medicina da UFMG Paulo Caramelli, coordenador do Servi�o de Neurologia do Hospital das Cl�nicas da universidade, seria importante que se fixasse a necessidade de notifica��o compuls�ria �s autoridades sanit�rias de todos os casos da s�ndrome. “Por mais que exista a possibilidade de cura, sabemos que h� casos de Guillain-Barr� em que a evolu��o n�o � favor�vel. Em um primeiro momento, a notifica��o pode servir para mapear o tamanho do problema e mobilizar a m�dia e a opini�o p�blica da forma que aconteceu com a microcefalia”, afirma o m�dico.

Segundo a Secretaria de Estado de Sa�de, para o mal de Guillain-Barr� n�o h� estat�sticas dispon�veis no mesmo formato da microcefalia, que desde 11 de novembro � monitorada, com base em portaria do Minist�rio da Sa�de que obriga a notifica��o para os casos que acometem os beb�s. Os dados da s�ndrome no estado para o ano de 2015 est�o atualizados de janeiro a outubro, quando foram registrados 172 pacientes, contra 163 em todo o ano de 2014. A pasta diz que ainda n�o foi notificada oficialmente sobre o caso de Pedra Bonita, mas garante que, diante do quadro atual, � necess�rio investigar esse tipo de diagn�stico, justamente para saber se existe associa��o com o zika v�rus.

O Minist�rio da Sa�de informa que a s�ndrome � uma rea��o a diferentes agentes infecciosos, que podem ser v�rus ou bact�rias. No Brasil, a rela��o entre zika v�rus e Guillain-Barr� foi confirmada depois de investiga��es da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identifica��o do v�rus em amostras de seis pacientes que estavam com sintomas neurol�gicos. Em quatro deles houve a confirma��o de Guillain-Barr�. Por�m, o minist�rio n�o observou nenhum surto, e classifica a doen�a como muito rara. “O Sistema �nico de Sa�de (SUS) disp�e de tratamento para a s�ndrome de Guillain-Barr�, entre procedimentos diagn�sticos, cl�nicos, de reabilita��o e medicamentos. Em 2014, foram registrados 65.884 procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS (incluindo interna��es). Vale ressaltar que o n�mero de procedimentos n�o corresponde ao n�mero de pacientes atendidos, pois uma pessoa pode realizar diversos procedimentos”, afirma a pasta, em nota.

A Secretaria de Sa�de de Minas informa que at� o momento n�o h� comprova��o da circula��o do zika v�rus no estado. “No entanto, todas as medidas de vigil�ncia e preventivas t�m sido implementadas para detec��o precoce, no caso de sua introdu��o”, afirma a pasta, em nota. Segundo a secretaria, se houver suspeita de associa��o com o zika, casos de Guillain-Barr� devem ser informados � pasta pelas unidades de sa�de onde ocorrer  atendimento suspeito.


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