Manifestantes fecharam ruas e avenidas da Regi�o Central de Belo Horizonte, nesta sexta-feira, em um ato em protesto contra o aumento das passagens de �nibus na capital. Cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores do protesto, interditaram o tr�nsito pelas vias com faixas, cartazes e bandeiras contra o resjuste das tarifas. No t�rmino da caminhada, o ato fechou a avenida Afonso Pena, em frente � prefeitura e alguns manifestantes atearam fogo em peda�os de papel�o. Ao contr�rio de outras ocasi�es, em que o pr�dio da PBH foi isolada antecipadamente por guardas municipais, hoje, quem protestava p�de subir as escadarias em dire��o � entradas e �s guaritas. O Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar acompanhou o protesto. De acordo com os militares, o ato conta com pouco mais de 200 pessoas.
O protesto interditou todas as faixas pelas vias por onde passaram, deixando o tr�nsito lento na regi�o. Os manifestantes caminharam pelas avenidas Afonso Pena e Amazonas, passando por ruas como S�o Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro at� chegarem � Pra�a Raul Soares. Na seguida, o trajeto seguiu pela Avenida Augusto de Lima, em dire��o � sede do executivo municipal. Pr�ximo � Pra�a Raul Soares, os manifestantes atearam fogo em uma catraca simb�lica. "Eu sou a favor. Tem que fazer manifesta��o sim, porque n�o d� para as pessoas ficarem ganhando pouco e pagando essa passagem cara", disse Maria Jos� Francisca, de 68 anos, olhando o ato enquanto passava pelo Centro.
Segundo o tenente coronel Marcelo Pinheiro, do Batalh�o de Choque da PM, os manifestantes n�o quiseram informar o trajeto e n�o houve qualquer tipo de negocia��o entre eles e os militares. "Estamos em contato constante com o Batalh�o de Tr�nsito e, se tiver maior preju�zo para o deslocamento das pessoas, vamos abrir uma faixa no sentido interditado", conta.
O oficial revelou ainda que os militares poder�o usar a for�a, se preciso. "Por ser dia at�pico, de f�rias, o BPTrans n�o viu grande preju�zo j� que o tr�nsito est� sendo desviado", disse. Quando os manifestantes chegaram na Avenida Paran�, a PM interviu e n�o permitiu que a esta��o do Move e as pistas pr�ximas fossem fechadas. At� o momento, a situa��o � tranquila e n�o h� registro de ocorr�ncias. Equipes da Pol�cia Militar (PM) e da Guarda Municipal acompanham o protesto.
A subsecret�ria de pol�tica social da secretaria estadual de Direitos Humanos, Ana Penido, veio com uma equipe para acompanhar a manifesta��o. "N�o estamos aqui para controlar a Pol�cia Militar (PM). Como a secretaria de direitos humanos � instrumento do Governo estadual, nossa tarefa � intervir se necess�rio como mediadores de conflitos para construir solu��es. A PM tem a tarefa de garantir o direito de ir e vir dos cidad�os, respeitando a manifesta��o que � um direito legitimo", afirmou.
"Estamos indo para a rua para questionar o aumento de 30% em pouco mais de um ano que � bem acima do sal�rio do trabalhador. Queremos a revoga��o da tarifa", afirmou o estudante de Direito Thalles Sales, de 20 anos, vice-presidente do diret�rio estadual dos estudantes e integrante do coletivo Juntos. Thalles tamb�m questionou o atual sistema do transporte p�blico da capital que, segundo ele, beneficia somente o setor empresarial. "Queremos o transporte p�blico com planilhas abertas", completou.
Novos atos
Organizadores do n�cleo do Movimento Passe Livre convocaram os manifestantes para novos protestos na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. "O intuito � poder conversar com a popula��o, dialogar e ver o que querem que fa�a. S�o eles que v�o decidir", afirma F�bio J�nio Mesquita. O ato contra o aumento das passagens de �nibus metropolitano est� marcado para as 5h40 da quarta-feira, na esta��o Justin�polis, em Ribeir�o das Neves. Neste s�bado, movimentos sindicais e populares far�o assembleia na Pra�a Afonso Arinos, na Regi�o Central da Capital. Integrantes de movimentos sociais ligados ao PSTU indicaram a possibilidade de tamb�m realizarem protestos em Contagem.
Concentra��o
Os manifestantes ficaram concentrados, desde o final da tarde, no quarteir�o fechado da Rua Rio de Janeiro, na Pra�a Sete, Regi�o Central da capital. O ato � composto por integrantes de diversos movimentos sociais, como o Passe Livre, coletivo Juntos e alguns partidos pol�ticos.
No aquecimento, seis pessoas com instrumentos como tambores e chocalhos animam os presentes. Eles cantam m�sicas com palavras de ordem contra a administra��o p�blica, como "vou pular a catraca" e o aumento � um roubo. Al�m das tradicionais faixas com palavras de ordem, os manifestantes tamb�m empunham bandeiras pretas.