O delegado da Pol�cia Civil Rodrigo Bustamante, respons�vel pelo inqu�rito que apura o desastre causado pela barragem da Samarco, ir� indiciar diretores da mineradora pelos 19 homic�dios causados pelo estouro da represa de Fund�o – os nomes dos funcion�rios n�o foram divulgados. A modalidade do crime ainda ser� definida pelo investigador: doloso (quando h� inten��o do resultado) dolo eventual (quando n�o h� a inten��o, mas assume-se o risco) ou culposo (sem inten��o). J� a mineradora dever� responder por crime ambiental.
Bustamante quer saber se os diretores tinham conhecimento de que a barragem, de onde vazaram 32,5 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio de ferro, corria o risco de se romper. Por isso, ontem, ele e mais 16 policiais apreenderam, com autoriza��o judicial, arquivos de computadores na sede da mineradora, em Belo Horizonte, e na unidade em Mariana.
Os focos s�o o conte�do das trocas de emails entre os suspeitos e canais internos de comunica��o. “Ap�s tr�s meses de investiga��o, verificamos a necessidade de algumas medidas cautelares e conseguimos a quebra de sigilo da inform�tica e telem�tica. V�rios arquivos foram baixados. C�pias de emails ser�o analisadas”, disse Bustamante.
A Civil e outros �rg�os que investigam o caso – Pol�cia Federal, Minist�rio P�blico de Minas Gerais e Minist�rio P�blico Federal – j� apuraram que o piez�metro, equipamento que mede o n�vel do volume de rejeitos da barragem, n�o estava funcionando no dia do desastre. “A �ltima leitura do aparelho foi em 26 de outubro (10 dias antes da barragem se romper”, disse o delegado.
O prazo para a conclus�o do inqu�rito � 15 de fevereiro, mas o delegado poder� pedir � Justi�a a prorroga��o da data, como j� ocorreu duas vezes. O inqu�rito cont�m aproximadamente 1,5 mil p�ginas. Mais de 80 pessoas foram ouvidas, entre elas o ex-presidente da mineradora, Ricardo Vescovi, que pediu licen�a do cargo.
Por meio de nota, a Samarco informou "que est� colaborando com a dilig�ncia policial, assim como vem fazendo desde o in�cio das investiga��es das causas do acidente com a barragem de Fund�o". A empresa considera a medida desnecess�ria, j� que respondeu a todos os of�cios e requisi��es das autoridades e tem pol�tica rigorosa de preserva��o de suas informa��es".
CRIME CONTINUADO Como ainda h� lama correndo para o leito dos rios Gualacho do Norte, Carmo e Doce, a Civil apura a tese de crime continuado. O escorrimento desses rejeitos, contudo, j� era esperado por especialistas e pela pr�pria pol�cia, uma vez que a chuva leva os rejeitos que ficaram �s margens dos leitos para dentro dos rios.
Bustamante quer saber se os diretores tinham conhecimento de que a barragem, de onde vazaram 32,5 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio de ferro, corria o risco de se romper. Por isso, ontem, ele e mais 16 policiais apreenderam, com autoriza��o judicial, arquivos de computadores na sede da mineradora, em Belo Horizonte, e na unidade em Mariana.
Os focos s�o o conte�do das trocas de emails entre os suspeitos e canais internos de comunica��o. “Ap�s tr�s meses de investiga��o, verificamos a necessidade de algumas medidas cautelares e conseguimos a quebra de sigilo da inform�tica e telem�tica. V�rios arquivos foram baixados. C�pias de emails ser�o analisadas”, disse Bustamante.
A Civil e outros �rg�os que investigam o caso – Pol�cia Federal, Minist�rio P�blico de Minas Gerais e Minist�rio P�blico Federal – j� apuraram que o piez�metro, equipamento que mede o n�vel do volume de rejeitos da barragem, n�o estava funcionando no dia do desastre. “A �ltima leitura do aparelho foi em 26 de outubro (10 dias antes da barragem se romper”, disse o delegado.
O prazo para a conclus�o do inqu�rito � 15 de fevereiro, mas o delegado poder� pedir � Justi�a a prorroga��o da data, como j� ocorreu duas vezes. O inqu�rito cont�m aproximadamente 1,5 mil p�ginas. Mais de 80 pessoas foram ouvidas, entre elas o ex-presidente da mineradora, Ricardo Vescovi, que pediu licen�a do cargo.
Por meio de nota, a Samarco informou "que est� colaborando com a dilig�ncia policial, assim como vem fazendo desde o in�cio das investiga��es das causas do acidente com a barragem de Fund�o". A empresa considera a medida desnecess�ria, j� que respondeu a todos os of�cios e requisi��es das autoridades e tem pol�tica rigorosa de preserva��o de suas informa��es".
CRIME CONTINUADO Como ainda h� lama correndo para o leito dos rios Gualacho do Norte, Carmo e Doce, a Civil apura a tese de crime continuado. O escorrimento desses rejeitos, contudo, j� era esperado por especialistas e pela pr�pria pol�cia, uma vez que a chuva leva os rejeitos que ficaram �s margens dos leitos para dentro dos rios.