
Segundo o Corpo de Bombeiros, tudo indica que Maria Ester tentou atravessar a Rua Diorita, foi derrubada pela for�a da enxurrada e arrastada para debaixo de um Mitsubishi Outlander. O Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) foi chamado, mas, ao chegar ao local, constatou o �bito. Os bombeiros informaram ainda que outras pessoas e ve�culos foram arrastados em outros pontos da capital. At� o fechamento desta edi��o, por�m, n�o havia confirma��o de mais mortes ou pessoas feridas.
O Prado, onde ocorreu a morte, foi um dos bairros que registrou mais problemas durante a chuva no fim da tarde. Na Avenida Francisco S�, que sofre h� anos com alagamentos, lojas ficaram inundadas e comerciantes tiveram preju�zo. A vendedora Izabela Silv�rio Bastos, de 21, ficou assustada quando a �gua invadiu a loja de lingerie onde trabalha. “Fiquei com medo e cheguei a fechar a porta, mas a �gua entrou com muita for�a e chegou aos fundos da loja. Precisamos correr para colocar as mercadorias em locais mais altos”, contou. “Fiquei muito impressionada com a for�a da �gua. Ela desce levando muito lixo”, acrescentou Izabela.

Na Rua Euclides da Cunha, funcion�rias e clientes de um sal�o de beleza ficaram ilhados. A �gua atingiu a marca de 10 cent�metros na parede. Houve registro de alagamento de vias em outros pontos da capital. Na Regi�o Noroeste, a Rua Padre Pedro Evangelista, no Cora��o Eucar�stico, tamb�m teve pontos inundados. Houve registro de vento forte nas regi�es Centro-Sul e Leste. No Alto Barroca (Oeste), os bombeiros foram chamados depois que uma casa ficou inundada na Rua Conselheiro Saraiva. O local fica pr�ximo ao viaduto da Avenida Silva Lobo com Avenida Amazonas e, segundo os militares, o per�metro ficou todo alagado. Com o temporal, houve engarrafamentos em v�rios pontos da capital � noite.
FRENTE FRIA Segundo o meteorologista Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as pancadas de chuva foram causadas por uma revers�o da frente fria, que atuava sobre a Grande BH e seguia para as regi�es Central e Norte de Minas. Em apenas uma hora, as esta��es autom�ticas da Pampulha e de Cercadinho registraram, entre as 17h e as 18h, 63 mil�metros e 44 mil�metros, respectivamente. “Quando chove mais de um mil�metro por minuto, significa que � uma chuva muito forte. Com certeza tem risco de inunda��es e estragos”, explicou Ladeia. Ainda de acordo com o meteorologista, a frente fria tende a se dissipar no fim de semana, que deve ser de tempo parcialmente nublado, mas sem chuvas na Grande BH.
Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), o volume de chuva foi maior na Regi�o Oeste, onde ocorreu a morte. Em apenas uma hora e meia, choveu 89 mil�metros.