
D�bora foi mantida em observa��o no hospital at� as 16 horas, onde recebeu soro fisiol�gico por estar com sintomas de desidrata��o, mas os exames de raio-X eliminaram poss�veis fraturas ou trincas. Acompanhada o tempo inteiro do marido, Sandra revelou que a filha voltava do cinema com as amigas no s�bado � tarde e pegava o �nibus que a levaria de volta para casa, no Bairro Carlos Prates, onde mora com a fam�lia. Ela nunca havia sumido sem dar satisfa��o antes, apesar de estar na fase da adolesc�ncia. “D�bora � a terceira dos meus filhos, j� passei pela adolesc�ncia dos outros dois e n�o percebi nada diferente, al�m de rompantes de mau humor, t�picos da fase. Por isso pedi a ajuda de todos para mobilizar as redes sociais. Fiquei louca”, desabafa a m�e.
Segundo o que D�bora contou para a m�e, ela pegou um �nibus na Avenida Crist�v�o Colombo e desceu alguns quarteir�es depois para tomar um lanche na Rua Alagoas, sendo abordada ao sair do ve�culo por algu�m que j� sabia que ela desceria. “Havia um homem dentro e outro fora do �nibus e ela n�o sabe dizer sobre as fei��es deles porque evitava olhar diretamente, mas garante que n�o os conhecia. Eles a jogaram desmaiada dentro do porta-malas de um carro. Quando acordou, ela percebeu onde estava e se machucou tentando se soltar das cordas, sendo que uma delas estava amarrada ao pesco�o. De repente, o carro parou e eles a soltaram na beira de uma rodovia escura, levando o dinheiro, a carteira de identidade e o chip do celular, com a inten��o de dificultar que ela entrasse em contato com algu�m e pedisse socorro. Quando um dos homens soltou as cordas com um canivete, uma das pernas dela ficou lacerada e parte das roupas foi rasgada”, contou a m�e.
DEPOIMENTOS Profissional da �rea de sa�de, Sandra Maranh�s considera que as incongru�ncias nos depoimentos de D�bora prestados a ela pr�pria, � Pol�cia Civil e � Pol�cia Militar fa�am parte do quadro de abalo psicol�gico sofrido pela jovem, depois de passar muitas horas se debatendo dentro de um porta-malas. “Eu acredito na vers�o da minha filha. S� n�o estamos entendendo at� agora o porqu� de terem feito isso com ela”, afirma a m�e, que continua o relato da menina, lembrando que D�bora ficou andando sem rumo, aleatoriamente por um longo trecho, at� chegar a um aglomerado de casas na beira da estrada. Em uma delas, foi finalmente atendida por uma fam�lia, que acionou a pol�cia, que por sua vez entrou em contato com a fam�lia.
Segundo nota divulgada pela Pol�cia Civil de Minas Gerais, D�bora foi convidada a comparecer a uma delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas n�o se trata de intima��o, pois na medida em que apresentava escoria��es pelo corpo e registros de roubo de um celular e de R$ 60, ela se tornou v�tima do caso. Ao delegado de plant�o em Jo�o Monlevade, D�bora contou que foi sequestrada quando desceu de um �nibus pr�ximo ao Terminal Rodovi�rio da capital e n�o na Regi�o da Savassi. J� no boletim de ocorr�ncia (BO) da Pol�cia Militar, D�bora alegou ter sido raptada na Regi�o Central de Belo Horizonte, retificando o BO anterior, em que havia dito que o sequestro ocorrera na Pra�a da Liberdade. Consta tamb�m no documento que a adolescente descartou no vaso sanit�rio do quartel uma carteira de identidade com a data alterada, na qual constava que ela j� teria 18 anos completos.

