A Samarco, respons�vel pela Barragem do Fund�o, que se rompeu em 5 de novembro, deixando 17 mortos e dois desaparecidos, vai aguardar a Justi�a se posicionar sobre o pedido de pris�o da Pol�cia Civil contra seis funcion�rios da empresa e um da consultoria VogBR para recorrer da decis�o. A mineradora considerou o resultado do inqu�rito, que indiciou os envolvidos por homic�dio qualificado, inunda��o e polui��o de �gua pot�vel, como "equivocado".
A conclus�o das investiga��es sobre a trag�dia foi adiada por tr�s vezes a pedido da Pol�cia Civil. O primeiro inqu�rito foi aberto em 6 de novembro, um dia depois do rompimento da barragem. O documento com as conclus�es da trag�dia tem 13 volumes, com 2.432 p�ginas. Foram colhidos aproximadamente 100 depoimentos de testemunhas e envolvidos diretamente na trag�dia. Os resultados foram apresentados pela chefe da Pol�cia Civil de Minas Gerais, delegada Andrea Vacchiano, o delegado regional de Ouro Preto e respons�vel pelo inqu�rito, Rodrigo Bustamante, e o perito criminal Ot�vio Guerra, respons�vel pelo laudo t�cnico da causa do rompimento.
Foram indiciados por homic�dio com dolo eventual, inunda��o e polui��o de �gua pot�vel seis pessoas ligadas a Samarco, e um funcion�rio da VogBR. O presidente licenciado da empresa, Ricardo Vescovi de Arag�o, o diretor-geral de opera��es, Kl�ber Luiz de Mendon�a Terra, que tamb�m est� afastado, o gerente-geral de projetos, Germano Silva Lopes, gerente de Opera��es, Wagner Milagres Alves, coordenador t�cnico de Planejamento e Monitoramento, gerente de Geotecnia e Hidrogeologia, coordenadora de Opera��es de Barragens, Daviely Rodrigues da Silva, e o engenheiro respons�vel pela declara��o de estabilidade da Barrragem do Fund�o, da empresa VogBr, Samuel Santana Paes Loures.
Devido � complexidade das investiga��es, o inqu�rito foi desmembrado. O segundo procedimento apura os crimes ambientais e licenciamentos da barragem. O prazo para a conclus�o termina em 12 de mar�o. Por isso, outras pessoas podem ser inclu�das no indiciamento e outros crimes podem ser atribu�dos aos indiciados.
A Samarco afirmou que desde o rompimento da barragem, a empresa e suas acionistas (Vale e BHP Billiton) “iniciaram uma investiga��o externa com uma empresa de renome internacional, com a participa��o de profissionais de diversas �reas, como engenheiros geot�cnicos, ge�logos, engenheiros especialistas em mec�nica de solos e fluidos, al�m de especialistas em sismologia”.