
O posicionamento do Minist�rio Publico de Minas Gerais (MPMG) sobre os pedidos de pris�o preventiva feitos pela Pol�cia Civil � Justi�a contra seis funcion�rios da empresa e um da consultoria VogBR, por causa do rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, deve acontecer at� sexta-feira. A solicita��o s� ser� analisada depois do parecer da promotoria da cidade.
O inqu�rito com as conclus�es da Pol�cia Civil sobre as causas do rompimento da barragem foi entregue nessa ter�a-feira em Mariana, e encaminhado ao Minist�rio P�blico para an�lise. O �rg�o pode pedir mais prazo, mais dilig�ncias e se manifestar sobre a pris�o. Tamb�m j� pode devolver o documento � Justi�a com a den�ncia. Por meio da assessoria de imprensa, o promotor Ant�nio Carlos de Oliveira informou que vai se manifestar sobre o caso at� o final da semana.
A conclus�o das investiga��es sobre a trag�dia foi adiada por tr�s vezes a pedido da Pol�cia Civil. O primeiro inqu�rito foi aberto em 6 de novembro, um dia depois do rompimento da barragem. O documento com as conclus�es da trag�dia tem 13 volumes, com 2.432 p�ginas. Foram colhidos aproximadamente 100 depoimentos de testemunhas e envolvidos diretamente na trag�dia. Os resultados foram apresentados pela chefe da Pol�cia Civil de Minas Gerais, delegada Andrea Vacchiano, o delegado regional de Ouro Preto e respons�vel pelo inqu�rito, Rodrigo Bustamante, e o perito criminal Ot�vio Guerra, respons�vel pelo laudo t�cnico da causa do rompimento.
Foram indiciados por homic�dio com dolo eventual, inunda��o e polui��o de �gua pot�vel seis pessoas ligadas � Samarco e um funcion�rio da VogBR. S�o elas: o presidente licenciado da empresa, Ricardo Vescovi de Arag�o, o diretor-geral de opera��es, Kl�ber Luiz de Mendon�a Terra, que tamb�m est� afastado, o gerente-geral de projetos, Germano Silva Lopes, gerente de Opera��es, Wagner Milagres Alves, coordenador t�cnico de Planejamento e Monitoramento, gerente de Geotecnia e Hidrogeologia, coordenadora de Opera��es de Barragens, Daviely Rodrigues da Silva, e o engenheiro respons�vel pela declara��o de estabilidade da Barrragem do Fund�o, da empresa VogBr, Samuel Santana Paes Loures.
Para a Pol�cia Civil, a trag�dia foi provocada por liquefa��o – o desprendimento da �gua que est� associada aos rejeitos de minera��o e seu ac�mulo em locais que podem desestabilizar a estrutura – que ocorreu inicialmente com o material arenoso que suportava o alteamento, que � a amplia��o da represa. Outros fatores, como a falta de monitoramento e aparelhos com defeito, foram determinantes para o rompimento, segundo o inqu�rito.
Logo depois da apresenta��o do inqu�rito, a Samarco afirmou que considerou o resultado, que indiciou os envolvidos, "equivocado". “A empresa analisar� cuidadosamente as conclus�es apresentadas pela Pol�cia Civil em audi�ncia p�blica hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e reitera que continua colaborando com as autoridades competentes”, disse, por meio de nota. Procurada hoje, a mineradora informou que mant�m o mesmo posicionamento.
