
J� tramita na Justi�a uma a��o civil protocolada pelo Minist�rio P�blico Estadual (MPE), exigindo do poder p�blico a recupera��o do templo, constru�do em 1688 pelos bandeirantes que ocuparam Minas Gerais, com a cria��o de gado ao longo do Rio S�o Francisco – os chamados “currais do Velho Chico” –, vindos do Nordeste. Agora, o promotor Lucas Marques Trindade solicita que seja formada uma comiss�o para vistoriar as condi��es da igreja ap�s a queda do teto.
Ontem de manh�, o bispo de Janu�ria, dom Jos� Moreira da Silva, esteve em Brejo do Amparo (distante quatro quil�metros da �rea urbana) e fez um levantamento sobre as condi��es do pr�dio. De acordo com S�lvio de Jesus, assessor da Diocese, h� poucos dias o bispo tinha feito outra visita ao local e constatado os riscos de desabamento, devido aos estragos provocados pelas chuvas.

Com exce��o do cercamento, nos �ltimos anos nenhuma outra medida foi tomada para a prote��o da antiga igreja, que est� situada numa �rea rural e tomada pelo mato ao seu redor. A situa��o � parecida com a da centen�ria Capela de S�o Sebasti�o, localizada na localidade de Pouso Alegre, na zona rural de Paracatu, no Noroeste do estado, que tamb�m se encontra amea�ada de cair, conforme revelou o Estado de Minas, na semana passada.
VERBA Em nota, Iepha-MG informou, na tarde de ontem, que est�o assegurados R$ 750 mil para a restaura��o da igreja. Segundo o �rg�o, a licita��o se encontra em processo de elabora��o e o edital ser� publicado em breve. O Instituto afirmou tamb�m que nos pr�ximos dias vai fazer uma vistoria in loco, para avaliar os danos ap�s o desabamento do teto da parte principal do templo.
Mem�ria
Liga��o com a origem de MG
A Igreja de Nossa Senhora do Ros�rio foi erguida em 1688, quando se iniciou o povoamento de Minas Gerais e sofreu acr�scimo at� os anos 1700. O antrop�logo e historiador Jo�o Batista Almeida Costa, que fez estudos sobre a regi�o, afirma que a constru��o do templo e a ocupa��o do Vale do Rio S�o Francisco ocorreram antes da descoberta do ouro na regi�o de Sabar�, Ouro Preto e Mariana. Ainda segundo ele, a capela foi constru�da por um parente do bandeirante Mathias Cardoso de Almeida. A nave (parte central, cujo teto desabou) conta com dois altares, que ainda est�o relativamente preservados, apesar do abandono do pr�dio hist�rico.