
Os primeiros animais foram capturados na regi�o em setembro de 2014 e desde ent�o t�m sido alvo de uma intensa disputa judicial. As capivaras foram recolhidas por conta da presen�a de carrapatos que podem transmitir a febre maculosa. O objetivo era avaliar os parasitas encontrados nos animais para saber se havia risco de transmiss�o. No in�cio do ano passado, a informa��o era de que os animais seriam esterilizados para reduzir a popula��o. Em mar�o de 2015, foi anunciado que a prefeitura elaboraria um novo plano de manejo. Naquela �poca, das 46 capivaras que estavam nos bretes do Parque Ecol�gico da Pampulha no in�cio da a��o, apenas 27 haviam sobrevivido.
No mesmo m�s, a PBH foi notificada pelo Ibama, para que os animais fossem soltos sob a alega��o de que o prazo concedido para a manuten��o deles em cativeiro j� havia expirado. A administra��o municipal acionou a Justi�a e obteve liminar que suspendia os efeitos da notifica��o.
Segundo o MPF, na senten�a, a Justi�a Federal destacou que "a captura e a manuten��o desses animais em cativeiro, sem um plano de manejo adequado, representa ofensa a um bem protegido por Lei. (...) antes de representar uma solu��o para um problema ambiental antigo, revela-se desencadeador de outro mais grave e imediato. Caracteriza a exist�ncia de ofensa concreta a bem jur�dico de outra ordem, qual seja, a prote��o que a Lei n. 9.605/98 assegura contra a ocorr�ncia de maus tratos para os animais sujeitados ao regime jur�dico de que cuida, nestes incluindo-se as capivaras. Situa��o que, ao lado da improced�ncia do pedido ajuizado, tamb�m imp�e a revoga��o da liminar deferida".
Ainda de acordo com o Minist�rio P�blico Federal, um laudo t�cnico veterin�rio da Funda��o Zoo-Bot�nica de Belo Horiznote comprovou que os animais viviam em p�ssimas condi��es ambientais. Segundo o relat�rio, as capivaras estavam atravessando a terceira e �ltima fase da chamada S�ndrome Geral de Adapta��o, causada por estresse cr�nico do cativeiro e que leva a esgotamento f�sico e psicol�gico. “As defesas do organismo n�o respondem mais, o animal entra em processo conhecido como caquexia, uma s�ndrome que leva � perda de peso, atrofia muscular, fadiga e perda de apetite e evolui para o �bito”, explica o MPF. Ainda segundo o �rg�o, o laudo mostra que os animais est�o bem alimentados, vermifugados e livres de carrapatos. Para os t�cnicos, a soltura daria a melhor chance de sobreviv�ncia a ela.
O em.com.br entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte e aguarda resposta sobre a nova decis�o judicial.