A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o procurador-geral federal, Renato Vieira, detalharam, nesta ter�a-feira, algumas a��es para a recupera��o da Bacia do Rio Doce. O curso d'�gua foi atingido pelo despejo de rejeitos de min�rio de ferro da Barragem do Fund�o, da Samarco, em 5 de novembro.
Teixeira explicou ainda que a verba n�o vai para os cofres p�blicos. "Esse modelo s� vai ser exitoso se tivermos o engajamento da sociedade. Ele foi feito para que a sociedade controle o que est� sendo feito para ela se beneficiar o mais r�pido poss�vel dos seus resultados".
O procurador federal observou que o acordo prev� a retomada das atividades ligadas � agricultura, � pecu�ria e � pesca que foram prejudicadas depois do rompimento do reservat�rio. Conforme Renato Vieira, quem dependia dessas culturas vai receber aux�lio financeiro e apoio t�cnico at� que o plano de recupera��o seja efetivado. Caso as a��es n�o alcancem os resultados propostos, o governo vai oferecer um plano de requalifica��o profissional. "Recuperar o rio quer dizer recuperar as condi��es sociais e econ�micas da regi�o", disse.
O acordo � alvo de cr�ticas do Minist�rio P�blico Federal (MPF), que aguarda a homologa��o do documento para impugn�-lo. Segundo o procurador da Rep�blica Eduardo Henrique de Almeida Aguiar, que integra a for�a-tarefa que investiga a trag�dia em Mariana, uma das principais d�vidas do plano � o prazo de 15 anos para o reparo total dos danos, incluindo a revitaliza��o do Rio Doce.
"O acordo avan�a no tempo na quest�o da recupera��o, sem que haja estudos t�cnicos que determinem que todo esse tempo � necess�rio", afirma. "A recupera��o tem que ser feita na maior celeridade poss�vel. E ainda n�o h� laudo t�cnico que fa�a uma estimativa desse tempo", critica Aguiar. Ele ressaltou que n�o foi considerada a possibilidade da recupera��o ocorrer em menos de 15 anos.