Constru��o do 'Novo Bento' est� perto da defini��o

A Samarco pretende anunciar, na pr�xima semana, o terreno que abrigar� o novo povoado de Bento Rodrigues, a primeira comunidade destru�da pelos  rejeitos de min�rio de ferro que vazaram da Barragem do Fund�o. Se depender das 300 fam�lias desalojadas, suas novas moradias ficar�o em uma �rea de 100 hectares pertencente � sider�rgica Arcelor Mittal, a 12 quil�metros do Centro da cidade colonial e a 10 do subdistrito arrasado pela lama.

Mas a mineradora, como determina a legisla��o, avalia tr�s terrenos. A inten��o da Samarco � atender � vontade das v�timas e adquirir a �rea da Arcelor Mittal, mas a constru��o da nova comunidade depende de an�lises que levar�o em conta a qualidade do terreno para diferentes lavouras e a quantidade de �gua dispon�vel para o abastecimento das futuras moradias.

“A maioria das fam�lias deseja aquele terreno. Teremos novo encontro na quinta-feira e devemos discutir o assunto”, informa Ant�nio Dalua, um dos integrantes da comiss�o de ex-moradores de Bento Rodrigues. A �rea desejada pelas v�timas � cortada por uma das estradas de terra que d�o acesso ao antigo lugarejo. Perto do terreno fica uma pequena constru��o com imagens religiosas que os desalojados costumavam visitar para ora��es.

Os outros dois terrenos ficam pr�ximos � cobi�ada �rea da Arcelor. Embora a Samarco pretenda anunciar o local escolhido na pr�xima semana, o prazo oficial se encerra no fim de abril. Somente depois � que ser� elaborado o cronograma para que a vegeta��o d� lugar �s constru��es. Mas j� foi definido que as casas ter�o conceitos de sustentabilidade, como placas para gera��o de energia e estrutura para armazenamento de �gua da chuva.

A constru��o do novo povoado est� prevista no acordo que a mineradora e suas controladoras assinaram com o governo federal, no in�cio de mar�o, prevendo o aporte de R$ 20 bilh�es na recupera��o da Bacia do Rio Doce e em indeniza��es �s v�timas. Desse total, R$ 4,4 bilh�es ser�o aplicados ao longo dos pr�ximos tr�s anos. O recurso ser� gerenciado por uma funda��o de direito privado, supervisionada por um comit�, com participa��o dos governos de Minas e do Esp�rito Santo, al�m de prefeituras das cidades prejudicadas pela passagem da lama.