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Estado de Minas CONTAGEM

"Cena terr�vel", diz advogado que viu imagens da morte de universit�rio na porta de boate

Um dos militares suspeitos do crime j� responde por conduta viol�ncia e o outro por homic�dio no exerc�cio da profiss�o


postado em 13/04/2016 06:00 / atualizado em 13/04/2016 08:07

Consternação em enterro: advogado revela cenas de selvageria(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Consterna��o em enterro: advogado revela cenas de selvageria (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)
Um dos policiais militares suspeitos de envolvimento na briga que resultou na morte do universit�rio Cristiano Guimar�es Nascimento, de 22 anos, na �ltima sexta-feira, na sa�da de uma boate em Contagem, Grande BH, j� responde por conduta violenta, que poderia t�-lo exclu�do do trabalho policial. O soldado Jonas Moreira Martins, de 28 anos, foi flagrado por uma das c�meras de vigil�ncia do Sistema Olho Vivo, em 9 de dezembro de 2009, quando, de acordo com o Minist�rio P�blico, “realizou uma abordagem em que praticou viol�ncia no exerc�cio de sua fun��o de policial militar, desferindo contra a v�tima coronhada, socos e chutes. Logo ap�s, realizou, sem qualquer justificativa, disparo de arma de fogo e, por fim, mediante viol�ncia, obrigou a citada v�tima a entrar em beco pr�ximo, onde n�o foi poss�vel capturar mais imagens”.

Jonas e o soldado Jonathas Elvis do Carmo, de 27, est�o presos em dois batalh�es da Pol�cia Militar, suspeitos de espancar at� a morte o estudante, na �ltima sexta-feira, em frente � boate. O soldado Jonathas tamb�m responde por homic�dio no exerc�cio da profiss�o, segundo informou a PM. Um terceiro suspeito foi identificado pela pol�cia e est� solto, mas sua identidade ainda n�o foi revelada.

No processo por les�o corporal leve, o soldado Jonas acabou condenado em primeira inst�ncia a dois anos e tr�s meses de pris�o, mas ainda tramitam recursos antes do julgamento em segunda inst�ncia. Caso a condena��o seja mantida pode culminar na exclus�o do militar da corpora��o.

Na segunda-feira, o pai do jovem assassinado, o corretor de seguros �lvaro Ab�lio Nascimento Neto, de 57, iniciou uma peregrina��o por v�rios �rg�os do poder p�blico, como a Ouvidoria-Geral do Estado, delegacia de Homic�dios e Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para exigir que a morte de seu filho ca�ula n�o fique impune.

O advogado do pai da v�tima, Walter Neri, disse ter visto as cenas e contou que s�o pesadas. “O Cristiano sai da boate e um dos suspeitos tenta ir atr�s, mas � contido por um seguran�a, at� que pague a conta. Depois, os dois policiais e o outro suspeito pagam e correm atr�s do Cristiano e dos amigos dele”, conta o advogado. Na sequ�ncia, segundo o defensor, h� uma briga generalizada e correria. “O Cristiano est� correndo e � atingido por um dos soldados. Ele cai no ch�o e o militar chuta o pesco�o dele e depois o mata com um pis�o na cabe�a. � uma cena terr�vel. O policial � o maior deles e disse em depoimento que luta artes marciais. O Cristiano n�o teve nenhuma chance”, disse.

Em nota, a boate Clube Havanna informou lamentar o ocorrido. “� inaceit�vel que ainda tenhamos de nos sujeitar � selvageria e ao desrespeito � vida humana. Repudiamos a viol�ncia e temos convic��o de n�o haver qualquer justificativa para atos de tamanha brutalidade. Solid�rios ao sofrimento da fam�lia do jovem Cristiano Guimar�es, estamos comprometidos em ajudar nas investiga��es da Pol�cia, para a devida puni��o dos respons�veis”, diz o texto.“Como mostram as imagens das c�meras do nosso circuito interno, Cristiano saiu da boate sozinho e caminhando normalmente.”

O EM tentou ouvir a defesa dos suspeitos, mas n�o conseguiu contato com os advogados.


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