
De acordo com as primeiras informa��es do cabo Jean Marques, do Centro de Opera��es da Pol�cia Militar de Mutum, as execu��es ocorreram por volta das 11h. “Dois homens numa motocicleta passaram pelo carro do m�dico, retornaram e perguntaram se era o doutor Fernando que estava no local. Ao confirmarem, sacaram suas armas e atiraram v�rias vezes”, explicou o militar.
O ve�culo do m�dico estava parado na entrada da fazenda de um parente dele, na estrada que liga o distrito � sede da cidade. O filho estava sentado ao volante e a namorada no banco traseiro. O cardiologista estava do lado de fora conversando com um funcion�rio da fazenda quando um dos pistoleiros atirou contra a cabe�a de seu filho.
A namorada do jovem, Isabela, saiu do carro e correu. Mas os pistoleiros dispararam v�rias vezes em dire��o �s pernas dela, acertando oito tiros. O funcion�rio da fazenda fugiu e se escondeu na mata at� os assassinos irem embora. S� ent�o ele pediu ajuda e a jovem foi socorrida num ve�culo particular.
Isabela deu entrada no Pronto Socorro Municipal, onde recebeu o primeiro atendimento m�dico. Uma das balas ficou alojada e foi retirada. Depois dos procedimentos para estancar o sangue, a jovem foi transferida para um hospital em Manhua�u, para ser submetida a uma cirurgia, pois sofreu fratura na altura do joelho.
Os corpos de Fernando e de seu filho ficaram no local aguardando os trabalhos da per�cia e a previs�o era de que seriam levados para o Instituto M�dico de Manhua�u no come�o da noite. V�rias equipes das pol�cias Militar e Civil seguiram para Santa Rita, mas os criminosos n�o tinham sido localizados at� o fim da tarde de ontem.
O cardiologista nasceu em Mutum, mas ainda jovem saiu da cidade para estudar e depois trabalhar. Ele fixou resid�ncia em Governador Valadares, onde ficou conhecido profissionalmente. Sua viagens a Santa Rita, para ver a fam�lia, eram frequentes. Ele estava construindo uma casa de campo no distrito. A rixa de fam�lias na regi�o era antiga e Fernando j� havia sido amea�ado. Parentes e amigos diziam para ele n�o ir ao local, mas o cardiologista dizia que gostava de ver “sua rocinha”.