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Estado de Minas

Arquidiocese orienta padres a n�o promover apertos de m�o em missas

Risco de transmiss�o do v�rus H1N1 leva comando da igreja cat�lica de BH a recomendar uma mudan�a de costume. Ideia � que p�rocos n�o pe�am a fi�is que troquem abra�os e outras formas de contato durante as celebra��es


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postado em 10/05/2016 06:00 / atualizado em 10/05/2016 07:31

Hábito de dar as mãos durante as celebrações religiosas deve diminuir durante o período de circulação do vírus H1N1(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
H�bito de dar as m�os durante as celebra��es religiosas deve diminuir durante o per�odo de circula��o do v�rus H1N1 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
N�o basta apenas ter f� – � preciso tamb�m cuidar da sa�de. Em tempos de gripes perigosas e, em alguns casos, mort�feras, como a transmitida pelo v�rus H1N1, todo cuidado � pouco at� mesmo na hora de rezar nas igrejas. Ciente da situa��o e “em defesa da vida”, a Arquidiocese de Belo Horizonte orienta o clero a tomar uma s�rie de precau��es nesse momento chamado de “circunst�ncia pastoral” (veja o quadro). Entre as recomenda��es, est�o a substitui��o da tradicional sauda��o da paz, feita entre a ora��o do Pai Nosso e a comunh�o, por um momento de sil�ncio, e o recebimento da h�stia (eucaristia) nas m�os.


No domingo, o Estado de Minas acompanhou, em v�rias par�quias, o convite feito pelos padres para que os fi�is se cumprimentassem, o que intimidou muita gente. “Ao meu lado, um homem tossia diretamente sobre a m�o. Na hora da confraterniza��o, preferi dar um tapinha nas costas dele. Fiquei preocupada, pois depois a gente pega a h�stia com a m�o, leva � boca, enfim, � um risco”, disse uma dona de casa, que foi � missa dominical, pela manh�, num templo da Regi�o Nordeste. Em outra igreja, um homem ficou constrangido. “Esse costume havia parado e, no momento em que o celebrante pediu para apertarmos as m�os, me deu um certo p�nico. Mas acabei aceitando, embora n�o v� repetir o gesto.”

Em BH, de acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de, j� foram notificados, este ano, 555 casos de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (Srag), que exigiram hospitaliza��o dos pacientes. Quatro deles n�o resistiram e morreram por influenza A, dos quais dois positivos para H1N1 e dois por v�rus influenza A n�o subtipado. Os n�meros de Srag j� superam o total de 2015 na capital mineira, que registrou 333 casos. Segundo os t�cnicos, na quinta-feira passada a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) recebeu, do Minist�rio da Sa�de, mais uma remessa de vacinas contra Influenza, que foram distribu�das �s unidades de sa�de. A previs�o � de que os estoques estejam normalizados e as vacinas dispon�veis para a popula��o.

CONT�GIO Nas igrejas, as opini�es dos cat�licos se dividem a respeito das recomenda��es para evitar o cont�gio. Na tarde de ontem, enquanto rezava na Igreja de S�o Jos�, no Centro da capital, o operador de telemarketing, Guilherme Emmanuel, morador do Bairro Santa Am�lia, na Regi�o da Pampulha, informava que teme a transmiss�o do v�rus, preferindo, portanto, um aceno de cabe�a em vez do balan�ar de m�os no momento de dizer Paz de Cristo. “A igreja j� adotou essa medida, quando houve um surto grande em 2009. Prefiro a preven��o. O melhor � evitar, nunca se sabe.”

Em outro banco da igreja, a auxiliar de cozinha N�via Damasceno Alves dos Santos, natural de Almenara, no Vale do Jequitinhonha e residente em Santa Luzia, na Grande BH, confessou n�o se incomodar. “N�o fico preocupada, pois, se o padre pediu para cumprimentar a pessoa ao lado, n�o devo ficar parada.”

Milhares de pessoas passam diariamente pela Igreja de S�o Jos�, com maior n�mero das celebra��es de domingo, quando h� sete missas. O titular da par�quia, padre Nelson Ant�nio, lembra que o mais importante � manter o bom senso, embora os cumprimentos tenham sido abolidos na par�quia. “Precisamos nos preocupar tamb�m com a sa�de coletiva e temos procurado, tanto durante as missas como nos nossos informativos, conscientizar os fi�is sobre o H1N1, dengue, febre chikungunya e outras doen�as. Afinal, n�o basta s� ter f�, tem que cuidar da sa�de”, diz o padre.

Nessa campanha, ele lembra que os padres distribu�ram recentemente f�lderes feitos pela PBH com informa��es sobre a preven��o. Mas h� aspectos que n�o podem ser ignorados. “Se um fiel me pede para receber a h�stia na boca, em vez de deposit�-la nas suas m�os, tenho que atender o seu pedido. � direito dele”, diz o p�roco.

SEM NEUROSE Diretora cient�fica da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Tor�cica, Virg�nia Pacheco Guimar�es, ressalta que n�o � preciso haver um clima de “neurose coletiva”, embora considere prudente que o cumprimento durante as missas seja poupado. “As m�os s�o o ve�culo de transmiss�o, assim como a tosse, sem prote��o, de uma pessoa infectada”, diz a m�dica pneumologista. A recomenda��o � que a pessoa, ao tossir, n�o ponha as m�os como prote��o da boca, mas dobre o antebra�o e tussa na dire��o do cotovelo.

A previs�o da Secretaria Municipal de Sa�de � de vacinar 669 mil pessoas na capital – at� o momento, foram imunizadas cerca de 70% do p�blico-alvo. A campanha de vacina��o contra o Influenza vai at� o dia 20, nos Centros de Sa�de de BH.

 

Fique atento

As recomenda��es dirigidas aos sacerdotes da Arquidiocese de BH

1 - Substitui��o da tradicional sauda��o da paz por um momento de sil�ncio

2 - Manter seco o recipiente de �gua benta

3 - Orientar os fi�is a receber a eucaristia (h�stia) na m�o

4 - Sempre que poss�vel, os padres devem ajudar na divulga��o de informa��es sobre os cuidados para se prevenir da gripe (lavar as m�os com frequ�ncia, usa len�o descart�vel, manter os ambientes ventilados e outros)

As dicas de pneumologista para reduzir risco de transmiss�o

1 - Pessoas com sintomas de gripe forte, cr�nica, n�o devem ficar no meio
grandes aglomera��es, como as missas muito cheias

2 - Na hora de tossir, jamais usar as m�os como prote��o, mas o antebra�o,
tossindo na dire��o do cotovelo

3 - As igrejas devem ficar bem arejadas, para haver bastante circula��o do
ar e evitar a contamina��o de v�rus no tempo frio

4 - Nem toda tosse � decorrente de gripe causada pelo v�rus Influenza
(H1N1, H1N2 e outros). Pode ser uma gripe simples, o que � comum nesta �poca

5- O �lcool gel � muito importante para higienizar as m�os, devendo estar
presente em locais de grande aglomera��o

6 - Em caso de o mal se agravar, a pessoa dever procurar um m�dico,
e n�o solu��es caseiras


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