
O Itamaraty informou que acompanha o caso, assim como a Pol�cia Federal brasileira, que investiga a entrada das jovens na Inglaterra. De acordo com a PF, a representa��o da Interpol no Brasil emitiu alerta amarelo de pessoas desaparecidas para as tr�s. H� ainda um pedido de busca europeu, com origem em Portugal.
Segundo a m�e das jovens mineiras, a auxiliar de servi�os gerais Solange Santana Leite, de 50, moradora de Campan�rio, na Regi�o do Rio Doce, a filha mais velha se mudou h� nove anos para Portugal, onde morava com um homem, tamb�m brasileiro, com quem mantinha relacionamento amoroso. “A Michele disse que estava se sentindo sozinha e pediu para a minha filha mais nova, a Lidiana, ir morar com ela para fazer companhia e estudar l�. Isso aconteceu em janeiro deste ano”, explica.
Thayane, que � amiga das duas garotas, tamb�m seguiu para Portugal dias depois. Os momentos de ang�stia come�aram dias depois. Segundo Solange, ela e Michele conversavam quase todos os dias pelas redes sociais. Mas ela come�ou notar uma forma diferente de a filha responder. “Eu suspeitava que algu�m estava conversando comigo no lugar dela. Foi a� que comecei a suspeitar do companheiro dela”, disse.
A auxiliar de servi�os gerais informou que chegou a ter contato com o homem, que negou o desaparecimento. “Perguntei o que tinha acontecido, pois havia mais de 11 dias que n�o conseguia falar com ela. Mas ele respondeu que as tr�s meninas estavam bem e que era para eu n�o me preocupar, pois elas tinham ido para Londres. Mas, se tivessem tomado essa decis�o, iriam me comunicar”, questionou.

De acordo com a tamb�m auxiliar de servi�os gerais T�nia Maria Mendes Dias, de 48, m�e de Thayane, o companheiro maltratava Michele. “Uma amiga dela contou que o homem era casado com outra mulher no Brasil e que o casal brigava muito por causa disso. A esposa dele chegou a Portugal quando as meninas desapareceram. Mas, ningu�m sabe o que aconteceu. Estamos sem not�cias”, disse.
As duas m�es est�o desesperadas. “Estou levantando de madrugada todos os dias, chorando e pedindo a Deus para dar um escape para elas”, desabafou T�nia. “H� tr�s meses at� evito de falar com as pessoas. Fica um aperto no cora��o. Se n�o tivesse Jesus na minha vida, j� teria surtado”, disse Solange.
Em nota, o Itamaraty informou que tem mantido contato com autoridades europeias em busca de informa��es sobre as brasileiras. “As autoridades portuguesas investigam o desaparecimento das garotas por meio do Servi�o de Estrangeiros e Fronteiras e da Pol�cia de Seguran�a P�blica. A Pol�cia Federal brasileira e o adido da corpora��o na embaixada brasileira em Lisboa tamb�m foram alertados sobre o caso”, diz o texto. (Colaborou Landercy Hemerson)
(RG)
