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Estado de Minas

Tr�s brasileiras desaparecidas em Portugal s�o encontradas mortas dentro de barril

As irm�s Michele e Lidiane, mineiras de Campan�rio, Vale do Mucuri, e a amiga Thayane, do Esp�rito Santo, estavam desaparecidas desde fevereiro


postado em 26/08/2016 19:54 / atualizado em 26/08/2016 21:07

As mineiras Michele e Lidiana e a capixaba Thayana, encontradas mortas(foto: Divulgação/Álbum de Família)
As mineiras Michele e Lidiana e a capixaba Thayana, encontradas mortas (foto: Divulga��o/�lbum de Fam�lia)

As tr�s brasileiras que estavam desaparecidas desde fevereiro em Portugal foram encontradas mortas na manh� desta sexta-feira dentro de um barril com �gua, no pet shop onde trabalhava o namorado de uma delas, a mineira de Campan�rio, no Vale do Mucuri, Michele Santana Ferreira, de 28 anos, que estava gr�vida de tr�s meses. A irm� dela, Lidiane Neves Santana, de 16, e a amiga das duas, Thayane Milla Mendes, de 21, que era de Nova Ven�cia (ES), tamb�m foram mortas. As tr�s moravam em Cascais, uma vila no distrito de Lisboa. As m�es das v�timas ficaram em choque com a not�cia.

“Minha filha estava gr�vida de tr�s meses. Quer dizer: ele matou a milha filha, o pr�prio filho e as outras duas”, disse a m�e de Michele e Lidiane, a auxiliar de servi�os gerais Solange Santana Leite, de 50, referindo-se ao comparnheiro de Michele, tamb�m brasileiro, que trabalhava no pet shop e fugiu para o Brasil logo depois do sumi�o das v�timas, tido como principal suspeito. “A minha ficha ainda n�o caiu. Perder um filho j� � triste, perder dois � pior ainda”, lamentou a m�e.

Solange conta que estava numa rede social e uma amiga de Portugal mandou tr�s fotos das v�timas. “Eu quis saber o motivo das fotos e ela pediu meu contato telef�nico, que ia me ligar na hora. Ela falou para mim, encontraram tr�s corpos, dentro de um barril com �gua, no pet shop, onde trabalhava o rapaz que morava com minha filha”, disse Solange, que recebeu, pela internet, reprodu��es de reportagens sobre o encontro dos corpos. A m�e entrou com outra amiga que mora em Portugal, que confirmou as mortes.

A informa��o, segundo a m�e, � que o companheiro da filha, que est� no Brasil, telefonou para uma amiga dele em Portugal e confessou o triplo homic�dio, indicando o local dos corpos. “A amiga fez uma den�ncia an�nima para a pol�cia”, disse Solange. Logo depois de receber a not�cia do crime, um filho de Solange que mora em Governador Valadares, Vale do Rio Doce, recebeu a not�cia da Pol�cia Federal.

“Eu tinha esperan�a de encontrar minhas filhas vivas. Vou ver com meu advogado o que precisa fazer para trazer os corpos para o Brasil. Minha amiga de Portugal pediu autoriza��o para cremar os corpos, pois fica mais f�cil para trazer”, disse Solange.

Michele morava em Portugal h� oito anos e convidou a irm�, Lidiane, para ir morar l� tamb�m, o que aconteceu em meados de novembro passado. Em janeiro, a amiga Lidiana, Thayane Milla Mendes, de 21, tamb�m viajou para Lisboa. Com exce��o de Michele, as outras duas garotas ainda estavam em situa��o irregular na Europa.

A m�e de Thayane, T�nia Mendes, ficou em estado de choque ao saber da morte da filha. Ela passou mal e precisou ser levada para um hospital de Nova Ven�cia. O Itamaraty informou que n�o foi comunicado oficialmente da identifica��o dos corpos e que acionou o Consulado do Brasil em Portugal para buscar mais informa��es com as autoridades locais.

 

ENTENDA O CASO O desaparecido das mulheres foi uma hist�ria confusa e com muitos personagens, que mudou de rumo em fevereiro deste ano, quando Dinai Alves Mendes, namorado de Michele, que tamb�m morava em Lisboa h� v�rios anos, se tornou o �nico interlocutor entre Solange e as filhas. O dia 11 de fevereiro de 2016 foi o �ltimo em que Michele respondeu a m�e pelo WhatsApp.

Solange nunca acreditou que era Michele que respondia suas mensagens no Facebook, no come�o de fevereiro, porque a filha passou a digitar de uma maneira diferente da que sempre fez. Ao mesmo tempo, Michele falava de situa��es que eles estavam vivendo depois que Lidiana e Thayane chegaram, e n�o sabia explicar, com clareza, os conflitos que fizeram com que Thayane sa�sse da casa e fosse passar quatro dias com outras amigas que tamb�m moram em Portugal. A filha ainda comentou sobre ter perdido um beb� e que o namorado queria muito ter um filho e estava deixando-a irritada, pedindo para que ela emagrecesse para ter mais sa�de para isso.

No dia 19 de fevereiro, depois de tentar contato com as filhas in�meras vezes, Solange conseguiu falar com Dinai, por meio do WhatsApp. Ele disse que iria procurar pelas mineiras para tentar diminuir a preocupa��o de ex-sogra, mas que elas haviam se mudado para Londres. Nessa conversa, ele promete ligar com novas informa��es e, em certo momento, acrescenta: “a senhora sabe que n�o sou t�o ruim assim”. Entretanto, somente no dia 21 ele respondeu, dizendo que conseguiu falar com Michele e que pediu para que ela ligasse para a m�e, al�m de confirmar que as meninas estavam em Londres. Dinai terminou a conversa dizendo-se feliz por elas estarem bem. Depois disso, nunca mais respondeu aos chamados da m�e de Michele e Lidiana.

A desconfian�a de Solange com rela��o ao ex-genro ficou maior quando ela descobriu que, no dia 23 de fevereiro, portanto, dois dias depois de terem conversado pela �ltima vez, ele retornou para o Brasil, para a cidade de Novo Cruzeiro, onde morava antes, sem avisar aos amigos e parentes das mulheres.No dia 23 de mar�o, Solange prestou depoimento na Pol�cia Federal de Governador Valadares. De acordo com ela, o mesmo fez Dinai, ao ser convocado pela PF de Belo Horizonte.


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