
“Esse t�tulo seria um incentivo para a preserva��o da Pampulha e para as pessoas apreciarem o patrim�nio que temos dentro de nossa cidade”, opina o empres�rio Claudio Guimar�es, 46 anos, que tem o costume de fazer caminhadas na orla e est� na torcida pela conquista. Ele aponta a polui��o e a falta de seguran�a principalmente � noite e como os principais problemas. A paisagem e a facilidade para a pr�tica de esportes s�o os atributos que mais atraem a instrutora de auto-escola Renata Maciel, 36. “Eu saio do Bairro Ribeiro de Abreu (Nordeste) para frequentar a Pampulha. O que atrapalha � esse esgoto espalhado pela �gua”, conta ela, que tamb�m aposta em mais valoriza��o de todo o espa�o se o t�tulo de patrim�nio cultural da humanidade chegar.
As amigas Ana Paula Rodrigues Souza, 26, e Laura Gomes, 27, moram no Bairro Carlos Prates (Noroeste) e sempre que podem fogem para contemplar a vista da Lagoa da Pampulha. Elas acreditam que se o parecer favor�vel da Unesco for confirmado, o n�mero de turistas em BH vai aumentar, crescendo tamb�m o giro de capital em Belo Horizonte. Elas esperam que um poss�vel t�tulo signifique melhores condi��es no futuro. “Precisamos de mais policiamento e tamb�m da oferta de mais servi�os. Hoje (ontem) por exemplo, a gente praticamente n�o encontrou alguma coisa para comer ou beber, j� que est� mais vazio”, afirma Laura. Ana Paula acrescenta que para o ambiente prop�cio � pr�tica de esportes ficar ainda melhor, a oferta de bikes poderia ser maior.

ATIVIDADES O comerciante Luiz Ot�vio Silveira, 45, � morador do Bairro Bandeirantes, na Regi�o da Pampulha, conhece bem a rotina da orla e considera a Pampulha o cart�o-postal mais importante de Belo Horizonte. “J� nadei e pesquei na lagoa, o ganho seria enorme se essas atividades fossem novamente poss�veis. O t�tulo de patrim�nio da humanidade poderia for�ar esses benef�cios, que s�o muito necess�rios para garantir as melhorias que precisamos na lagoa”, afirma Luiz Ot�vio.

“Para o turismo vai ser muito bom. As obras de Niemeyer s�o verdadeiros monumentos, que n�o encontramos em lugar nenhum do mundo e poderiam ser mais apreciados”, diz o aposentado Ronaldo Ant�nio Maia, de 68, morador do Bairro Bonfim (Noroeste) que frequenta a lagoa tr�s vezes por semana. O m�sico Frank Bueno, 38, destaca que a Pampulha � um espa�o privilegiado de rela��o harmoniosa entre a natureza e o ambiente urbano. Por�m, ele usa o exemplo de Ouro Preto, para aguardar os resultados de um poss�vel t�tulo de patrim�nio. “Ouro Preto � patrim�nio da Unesco e n�o acho que teve o respaldo adequado do poder p�blico que deveria”, pontua.
Quem trabalha na Pampulha tamb�m acredita que uma prov�vel conquista em julho na Turquia pode ajudar o regi�o a melhorar sua estrutura, como o jardineiro Altamir Alves, 26, que cuida do jardim da Casa do Baile, um dos monumentos projetados por Niemeyer. “Acho que vai encher a Pampulha de gente e pode ajudar a acabar com esse mau cheiro”, completa.