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Estado de Minas

Programa da Cemig aposta em efici�ncia energ�tica para reduzir consumo

Estatal desenvolve equipamentos que beneficiam desde hospitais e asilos a agricultores e consumidores de baixa renda. Por ano, s�o investidos cerca de R$ 50 milh�es


31/05/2016 06:00 - atualizado 31/05/2016 15:32

A gerente de enfermagem do Hospital Evangélico, Adriana Alves, mostra novos autoclaves, usados para esterilizar instrumentos cirúrgicos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)
A gerente de enfermagem do Hospital Evang�lico, Adriana Alves, mostra novos autoclaves, usados para esterilizar instrumentos cir�rgicos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS)
O uso eficiente de energia el�trica traz economia aos consumidores e resulta em melhoria no atendimento em hospitais p�blicos e asilos de Minas Gerais. Os projetos que prop�em tecnologias energ�ticas mais eficientes servem de vitrine para mostrar como solu��es inovadoras e mudan�as de h�bito ajudam na redu��o no consumo, o que traz benef�cios para o meio ambiente e toda a sociedade.

Dentro do Programa de Efici�ncia Energ�tica (PEE), a Cemig prop�e a troca por equipamentos com menores pot�ncias e formas mais eficientes para a ilumina��o em hospitais p�blicos, asilos e casas da popula��o de baixa renda. “Tentamos mostrar para a popula��o como utilizar corretamente a energia el�trica”, afirma o gerente de efici�ncia energ�tica, Leonardo Resende Rivetti Rocha. Desde 2015, as institui��es beneficiadas s�o selecionadas por chamada p�blica de projetos. A pr�xima ser� lan�ada no dia 7 de junho, quando ser�o disponibilizados R$ 20 milh�es para a realiza��o de projetos que proponham formas eficientes de uso da energia.

O programa atendeu 237 hospitais em Minas. Com investimento de R$ 50 milh�es, foi poss�vel substituir a ilumina��o em 57 deles. As l�mpadas de 20 watts e 40 watts foram substitu�das por outras, de pot�ncia 20% menor, 16 e 32 watts. O gerente lembra que o pr�ximo investimento ser� a substitui��o da ilumina��o por l�mpadas de led, que s�o mais modernas. Outra a��o foi a substitui��o dos chuveiros el�tricos por duchas com aquecimento solar em 63 hospitais. “A geladeira tem uma pot�ncia menor que um chuveiro, mas fica mais tempo ligada. Um chuveiro ligado equivale a 50 geladeiras. Em termos de pot�ncia, o chuveiro � uma Ferrari. Um equivale a 50 geladeiras e os mais modernos podem ser at� 70”, compara.

A Cemig faz a instala��o do sistema de aquecimento solar sem custo para as institui��es. Outra medida que ajuda a reduzir o consumo de energia nos hospitais � a substitui��o das autoclaves, aparelhos usados para esterilizar instrumentos e equipamentos cir�rgicos. As autoclaves foram substitu�das em 117 hospitais p�blicos, dentre os quais o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII. Foi realizado investimento de R$ 25 milh�es para a compra de 215 autoclaves, que otimizam o tempo para a esteriliza��o. Os antigos gastavam duas horas e meia, enquanto os novos gastam apenas meia hora para fazer a mesma tarefa.

Na �rea rural, a PEE permitiu melhorar o processo de irriga��o nas propriedades de 1,3 mil fam�lias de pequenos produtores no Norte de Minas. Automatizados, os novos sistema de irriga��o economizam mais energia, desperdi�am menos �gua e melhoram a condi��o de trabalho do pequeno produtor. “O colono tinha que acordar na madrugada para fazer o remanejamento das tubula��es, que eram pesadas. Com os novos sistemas de irriga��o, n�o precisam mais”, diz Leonardo Rocha. Dentre as a��es, tamb�m s�o realizadas palestras em 130 munic�pios para a conscientiza��o para o uso eficiente de energia.

Produtividade O Hospital Evang�lico de Belo Horizonte, localizado no Bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul, reduziu o consumo de energia depois que as autoclaves antigas foram substitu�das por modelos novos mais eficientes. A diretora administrativa do hospital, Mara Cristina Pimentel, afirmou que a substitui��o dos equipamentos contribuiu para o aumento da produtividade. Segundo ela, as autoclaves antigas apresentavam defeitos com frequ�ncia, o que fazia com que procedimentos cir�rgicos tivessem de ser suspensos. Antes, eram realizados cerca de 650 procedimentos cir�rgicos por dia; depois da substitui��o, o n�mero passou para 1 mil por dia. “A substitui��o reduz o custo de manuten��o dos equipamentos, que ficavam parados quando estragavam.”

Em parceria com o Servi�o Volunt�rio de Assist�ncia Social (Servas), a Cemig tamb�m substituiu os chuveiros el�tricos de 510 institutos de longa perman�ncia para idosos. O investimento de R$ 30 milh�es permitiu que cerca de 2 mil banhos por dia passassem a ser realizados por meio de duchas aquecidas pela energia solar, ou seja, houve redu��o no consumo de energia el�trica. “� uma forma de mostrar para a sociedade as vantagens da energia solar.” O gerente da Cemig afirma que o investimento se paga no per�odo de tr�s anos. Ele lembra que investir em tecnologia para programas sociais tamb�m � uma forma de tornar a tecnologia mais barata para o consumidor comum. “Quando viabilizamos outra tecnologia, contribu�mos para a queda no custo da mesma.” Cerca de 27 mil casas constru�das pela Companhia de Habita��o do Estado de Minas Gerais (Cohab) tamb�m receberam o sistema de aquecimento solar, o que correspondeu a investimento de R$ 90 milh�es.

Investimentos O PEE foi estabelecido em julho de 2000 com o objetivo de proporcionar um uso otimizado da energia produzido pelas distribuidoras. Devido a determina��o legal, as distribuidoras passaram a investir 0,5% da receita operacional l�quida para buscar solu��es para uso mais econ�mico. Em todo o Brasil, o investimento � de R$ 500 milh�es por ano. Em Minas, a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) investe R$ 50 milh�es por ano. Desde 2000, a empresa j� investiu R$ 600 milh�es. “Antes dessa determina��o, a Cemig j� investia em programas de efici�ncia. Fazemos um investimento espont�neo desde 1985. O prop�sito � demonstrar para a sociedade maneiras de utilizar corretamente a energia”, lembra Leonardo Rocha, da Cemig.

O consumo de energia est� relacionado a duas vari�veis: a pot�ncia do equipamento e o tempo em que ele fica ligado. Dentro do PEE, a Cemig prop�e a troca de equipamentos que fa�am o mesmo servi�o mas aplicando uma pot�ncia menor. Outra linha para conscientizar a popula��o � reduzir o tempo de uso dos equipamentos. As pessoas devem ter aten��o � pot�ncia dos equipamentos, o que passou ser atestado pelo selo Procel. “Os equipamentos evoluem. Um exemplo s�o os televisores, que antes eram de canh�o, passou para plasma, LCD e LED”, diz.

SAIBA MAIS
Selo indica economia em eletrodom�sticos

O Selo Procel de Economia de Energia, ou simplesmente Selo Procel, � ferramenta que permite ao consumidor conhecer, entre os equipamentos e eletrodom�sticos � disposi��o no mercado, os mais eficientes e que consomem menos energia. Foi institu�do por decreto presidencial em 8 de dezembro de 1993. A partir de sua cria��o, foram firmadas parcerias junto ao Inmetro, a agentes como associa��es de fabricantes, pesquisadores de universidades e laborat�rios, com o objetivo de estimular a disponibilidade, no mercado brasileiro, de equipamentos cada vez mais eficientes. S�o estabelecidos �ndices de consumo e desempenho para cada categoria de equipamento. Cada equipamento candidato ao selo deve ser submetido a ensaios em laborat�rios indicados pela Eletrobras. Apenas os produtos que atingem esses �ndices s�o contemplados com o Selo Procel.


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